Moradores de duas cidades da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) realizaram protestos e fecharam ruas dos municípios na manhã desta segunda-feira (3). A Polícia Militar negociou com os manifestantes em ambos os locais e no início da tarde as vias já estavam liberadas
Na cidade de Campo Largo, a Avenida das Torres, que fica no bairro Jardim Social, foi fechada em protesto contra a falta de estrutura nos arredores do Hospital Nossa Senhora do Rocio, o principal do município. O grupo interditou a via a partir das 7h e liberou a avenida por volta de 12h.
A PM foi deslocada para o local para conversar com os manifestantes. O morador Vilmar Felix conta que faltam 700 metros de asfalto na região. Ele diz que, no começo do ano de 2014, foi iniciada uma obra para colocar asfalto na rua, mas a obra está parada desde aquela época. "Tem crianças e idosos com problema respiratório aqui por causa do excesso de poeira".
A avenida, conta Felix, é uma ligação entre cinco bairros de Campo Largo com a Avenida Campo Largo. A via, que está fechada, também permite o acesso ao Hospital Nossa Senhora do Rocio. Os moradores querem uma resposta da prefeitura para a finalização da obra na avenida.
Em nota, a prefeitura de Campo Largo informou que recebeu as reivindicações da população, mas pediu paciência aos moradores. O prefeito culpou a administração anterior e disse que o atual governo municipal herdou uma "herança maldita" da gestão passada. Segundo o prefeito, a prioridade no momento é atender à população atingida pelo temporal em outubro, que deixou a cidade em situação de emergência.
Almirante Tamandaré
Os moradores da Rua Wladislau Bugalski, em Almirante Tamandaré, fecharam a via durante um protesto no início da manhã. A manifestação, segundo a prefeitura do município, ocorreu também para pedir pavimentação, na Avenida Barão do Rio Branco, que é uma das principais vias de acesso ao Contorno Norte. Os moradores reclamam que pedem pavimentação na via há pelo menos 20 anos.
A prefeitura informou que o prefeito Aldnei Siqueira, em 2013, foi a Brasília pedir ao governo federal recursos para pavimentação de 48 ruas da cidade, já que a cidade, segundo a prefeitura, não tem recursos próprios para essas obras públicas. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, o governo federal, em abril de 2014, havia aprovado recursos para apenas 22 ruas e, mais tarde, cortou parte deste recurso, diminuindo a verba para pavimentação de somente onze ruas.
Segundo a prefeitura, as obras na Avenida Barão do Rio Branco estão mantidas nos planos do poder público, mas há necessidade de esperar a liberação dos recursos pela Caixa Econômica Federal. A previsão é de que, até o final de 2015, a rua esteja pavimentada.
Por causa do protesto, o vice-prefeito do município, Tonhão da Saúde, foi até o local conversar com a população. Uma audiência está prevista para a tarde desta segunda-feira, mas os moradores prometem continuar com o protesto na rua. Segundo a PM, a avenida havia sido liberada no início da tarde.
A conversa agendada aconteceu na tarde desta segunda, na Prefeitura de Almirante Tamandaré. Representantes dos moradores sentaram à mesa com o secretário de Assuntos Jurídicos, Victor Vandlei Alves; e com Leonel Siqueira, que é, ao mesmo tempo, secretário de Governo, da Ouvidoria e da Comunicação Social.
Nesse encontro ficou firmado que está aberto um canal de diálogo entre prefeitura e moradores. Uma nova reunião foi marcada para esta terça-feira (4), às 19h, na prefeitura. Eles vão discutir detalhadamente a pauta dos protestantes para elaborar um plano de ação para resolver os problemas, segundo a assessoria de imprensa da prefeitura da cidade.
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