Brasília A Polícia Federal acredita que conseguiu identificar a origem da maior parte dos US$ 248,8 mil usados na compra do dossiê Vedoin, destinado a prejudicar candidaturas do PSDB ao envolver tucanos no escândalo.
Quase metade dos dólares é de cédulas novas e seriadas e a outra parte é de notas antigas. Parte dos dólares americanos estava com numeração seqüencial e que entraram no país pelo Banco Sofisa S/A, quando ainda havia controle sobre a numeração das cédulas.
O banco vendeu a corretoras de câmbio que, por sua vez, vendeu às casas de câmbio e repassou a particulares. Em todo esse caminho não existiu mais controle das notas e, pior, começaram a surgir fraudes para esconder a real operação de compra de dólares, revelando os já conhecidos "laranjas".
O dinheiro provém de uma corretora de câmbio de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense e foi adquirido em lotes de valores variados por um grupo de pessoas, de uma mesma família, provavelmente usados como "laranjas". A operação chamou a atenção das autoridades porque a família é de origem humilde.
A suspeita é de que eles tenham "alugado" seus CPFs ou mesmo que seus nomes tenham sido usados sem conhecimento. Essa pista vai ser investigada pela PF na próxima fase do inquérito, que começa hoje e deve durar 30 dias.
O objetivo do inquérito é levantar a origem de todo o dinheiro: um montante de R$ 1,75 milhão incluindo os dólares, usado na compra do dossiê junto à família Vedoin, de Cuiabá (MT), que operava a máfia dos sanguessugas. Com isso, será possível individualizar a responsabilidade de cada um dos envolvidos e fazer os indiciamentos, conforme informou um policial com acesso às investigações.
Como se trata de uma suspeita ainda não checada, a PF não revelou o nome da corretora, nem dos compradores dos dólares, que serão chamados a depor nesta semana. O relatório parcial da Polícia Federal, elaborado pelo delegado Diógenes Curado, trabalha com a idéia de que haja diversas fontes para o dinheiro.
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