Depois de lutar por 11 anos para provar que está viva, a doméstica Elizabete Moreira Duarte, 37 anos, não conseguia esconder a alegria, na sexta-feira (14), em ver o mandado expedido pela Vara da Família de Campo Mourão (Noroeste do Paraná), que cancela o atestado de óbito, único documento de Elizabete. Com o mandado em mãos, Elizabete vai poder tirar a segunda via do RG e CPF.
O drama da doméstica começou 1995, quando ela decidiu deixar Curitiba para morar em Santos, por três anos. Além de ter sido assaltada, perdendo todos os documentos, deixou de manter contato com os familiares de Campo Mourão. Poucos meses depois de sair de casa, o pai de Elizabete reconheceu um corpo como sendo da filha. "O corpo era de uma pessoa que foi assassinada em Curitiba e, coincidentemente, tinha as mesmas características minhas", conta Elizabete.
Ao retornar para a casa dos pais, além de causar espanto, ela teve a surpresa de saber que estava morta. Segundo ela, uma carta que ela teria enviado à família, mas retornou por falta do endereço completo, serviu para provar que ela era a filha.
Em 11 anos, sem documentos, apenas com a certidão de óbito atestando que Elizabete morreu de forma violenta, ela não conseguiu trabalho registrado, foi acusada de estelionato ao tentar tirar a segunda via dos documentos e permaneceu na informalidade.
Na segunda-feira (17), o mandado expedido pela vara, cancelando o atestado de óbito, será encaminhado a Curitiba e Elizabete poderá fazer a segunda via de todos os seus documentos. "É um pesadelo que terminou", comemora.
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