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Tiradentes

Domingo no parque. Mas em plena quarta

Fila para pegar o ônibus da Linha Turismo: vista panorâmica faz sucesso | Marcelo Elias/Gazeta do Povo
Fila para pegar o ônibus da Linha Turismo: vista panorâmica faz sucesso (Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo)

Os curitibanos aproveitaram o feriado de Tiradentes, ontem, como se fosse um domingo no meio da semana. Se feriados prolongados costumam intensificar o tráfego nas estradas que levam ao litoral, ontem, num dia "solitário" de folga, os parques foram o destino preferencial da população. Fazer turismo na cidade em que se reside foi outra alternativa com alta adesão.

No Parque Barigui, só conseguiu garantir uma churrasqueira quem chegou antes das 8 horas. No entanto, o movimento estava tranquilo à tarde. A maioria dos frequentadores era de famílias com crianças passeando ou em piqueniques à beira do lago.

Para o casal de aposentados Alice Nicolino, 72 anos, e Euclides Teixeira, 77 anos, foi mais uma oportunidade de tentar cumprir a tarefa quase impossível de reunir toda família. Eram 20 pessoas com os parentescos mais distantes dividindo o espaço sobre as toalhas de mesa estendidas no chão. "Isso aqui não é nem a metade", brincou Alice.

Ela elenca os números – 12 filhos, 38 netos e 20 bisnetos – com um pouco de hesitação na última conta. Mesmo não conseguindo colocar todos juntos, Alice se orgulha do tamanho de suas reuniões familiares, até porque boa parte do contingente mora em outras cidades. "Somos muito unidos. Uma verdadeira grande família", arrematou.

Quem foi ao Bosque Alemão saiu decepcionado. O acesso à maior atração do parque, o mirante de 15 metros de altura, batizado de Torre do Filósofo, está interditado há sete meses. O monumento é o início da trilha que conta a tradicional história infantil de João e Maria. Com a interdição, os visitantes têm de dar à volta ao parque pelo lado de fora e começar pela saída da trilha. As chuvas de setembro comprometeram a estrutura da passarela que liga o topo do mirante à encosta. "Tantos lugares não têm áreas verdes e aqui, onde há, as estruturas não são bem cuidadas", lamentava a dona de casa Salete Zortea, 44 anos.

A procura também foi grande pelo ônibus da linha turismo. Havia filas na Praça Tiradentes e os últimos a chegar tinham de esperar 30 minutos pela próxima jardineira, se quisessem trafegar com conforto. Mesmo assim, os ônibus deixavam a parada com assentos vazios no primeiro andar. Isso porque a todo mundo queria sentar no segundo, com vista panorâmica para a cidade.

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