A sentença dada pela juíza da 2ª Vara Criminal de Guarulhos, na Grande São Paulo, para a empresária Eliana Tranchesi, dona da Daslu, é de 94 anos e seis meses de prisão. A informação foi dada na tarde desta quinta-feira (26) pelo procurador do Ministério Público Federal Matheus Baraldi Magnani. Conforme divulgado anteriormente, o promotor havia dito durante a coletiva que a pena seria de 93 anos e seis meses. Ela foi condenada pelos crimes de formação de quadrilha, descaminho (importação irregular) consumado e tentado e falsidade ideológica.
Na mesma sentença, a Justiça condenou outras seis pessoas. Uma delas é Antonio Carlos Piva de Albuquerque, irmão de Eliana e ex-diretor financeiro da Daslu, que teve a mesma pena da empresária, de 94 anos e seis meses. Os demais condenados são Celso de Lima (53 anos), André de Moura (25), Rodrigo Nardy Figueiredo (11,5 anos), Roberto Fakhouri Junior (11,5 anos) e Christian Polo (14 anos).
A empresária foi presa nesta manhã em sua residência na capital paulista e levada provisoriamente para a penitenciária feminina do Carandiru, na Zona Norte. Ela era investigada pela Operação Narciso, iniciada em 2005, que apurou suspeitas de sonegação fiscal. A prisão dela foi pedida pelo MPF em abril do ano passado. Além de Eliana, foram detidos nesta manhã o irmão dela e Celso de Lima, dono de importadora. Segundo o procurador, a Polícia Federal ainda tentava localizar os outros quatro condenados nesta tarde.
Recurso
Também nesta tarde, a advogada da empresária disse que a prisão dela não poderia ter ocorrido neste momento e que é "ilegal". Segundo ela, a sentença estava para sair há dez meses, mas a prisão não poderia ter sido decretada porque a decisão é de primeira instância e cabe recurso.
Ela conta que Eliana não irá "resistir" à prisão porque está com câncer nos ossos e pulmão. "Ela está com metástase (quando o câncer se espalha) no pulmão e nos ossos. Está em meio a um tratamento quimioterápico bastante sério que, inclusive, não está fazendo muito efeito", afirmou.
A advogada diz que pediu um laudo específico ao médico para incluir no recurso que irá entrar junto à Justiça solicitando a liberdade da empresária. Eliana foi presa em sua residência na capital paulista às 6h.
Em nota divulgada pela assessoria da Daslu, o médico da empresária, Sérgio Daniel Simon, professor da Unifesp, afirma que Eliana está sob cuidados médicos desde o início do mês por possuir "adenocarcinoma de pulmão com metástases em coluna". Como está passando por tratamento radioterápico e quimioterápico, ela possui "alto risco de infecção generalizada" e está tomando medicação diária. "Por esses motivos, creio que a mesma não deva permanecer em prisão comum, sendo mais seguro a prisão domiciliar com os cuidados médicos apropriados", conclui o médico.
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