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Duas pessoas foram assassinadas e outras cinco foram baleadas, na noite de quinta-feira (8), em uma sequência de acontecimentos iniciados com um ataque a um bar, no bairro b>Cajuru, em Curitiba. O dono do estabelecimento foi assassinado com dezenas de tiros. Segundo a polícia, em seguida, o filho dele teve um "ataque de fúria" e saiu a procura dos assassinos do pai.

O primeiro assassinato ocorreu por volta das 18h30, quando, de acordo com informações da Delegacia de Homicídios (DH), pelo menos três homens armados invadiram o bar e abriram fogo. Segundo o delegado Rubens Recalcatti, chefe da DH, o proprietário do local José Cruz dos Santos, de cerca de 50 anos, jogava sinuca com outros frequentadores e foi atingido por dezenas de tiros. Os disparos também acertaram outros três homens, de acordo com a polícia.

José dos Santos chegou a ser socorrido pelo Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma de Emergência (Siate), mas não resistiu aos ferimentos e morreu a caminho do Hospital do Trabalhador. As outras três vítimas foram levadas por terceiros ao Pronto Socorro do bairro Centenário, segundo a polícia. "O dono do bar levou muitos tiros. Foram dezenas", disse o delegado. "Os atiradores usaram pistolas .40 [de uso restrito das forças policiais]", informou.

"Ataque de fúria"

O filho do dono do bar, Juliano Cruz dos Santos, conhecido como Fedor, esteve no local do crime logo após que o pai foi atingido pelos disparos. Ainda no bar, ele questionou a pessoas que estariam no estabelecimento no momento do ataque, perguntando quem teria atirado, mas ninguém quis informá-lo. O rapaz teria ido até sua casa e se armado com uma pistola .40 e um revólver calibre 38 e efetuou diversos disparos. "As pessoas relataram que Fedor teve um ataque de fúria e, transtornado, saiu distribuindo Justiça a seu modo", disse Recalcatti.

Dois homens foram atingidos por tiros disparados Juliano dos Santos. Eles seriam pai e filho e foram identificados como Anadilson Cordeiro e Anadir Alberto Cordeiro. Um deles teve as duas pernas fraturadas e outro foi atingido no pé. Segundo o delegado, não há elementos para apontar se eles foram atingidos por balas perdidas ou se o rapaz atirou contra eles para acertá-los.

Em seguida, Juliano dos Santos teria ido à residência de Nelson Alexandre Vieira, de 66 anos, e perguntado a identidade dos atiradores que mataram o pai dele. Como Vieira disse não saber informar, o rapaz disparou diversas vezes contra o homem, que morreu no local. "Foram mais de 15 tiros", disse Recalcatti. Segundo a DH, Vieira jogava sinuca com José dos Santos no bar, quando os atiradores chegaram. Após o crime, Juliano dos Santos fugiu.Investigações

O delegado Rubens Recalcatti atribuiu as mortes a uma rixa, mas disse que ainda não pode afirmar o que teria motivado tal disputa. "Esses dois grupos estão em guerra no Cajuru, mas ainda não sabemos o motivo", afirmou.

Segundo o delegado, a polícia já tem um suspeito de ter atirado no dono do bar. As investigações estão ocorrendo, integrando a DH e policiais militares. Juliano dos Santos ainda não foi encontrado.

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