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O produtor Eduardo Dantas, um dos herdeiros da fazenda Santa Rosa, em Iacri, oeste paulista, invadida neste domindo (27) por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), disse nesta segunda-feira (28) que as terras são produtivas. Segundo ele, o laudo do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) atestando a improdutividade da área levou em conta um tamanho que a fazenda não tem.

"A área escriturada é de aproximadamente 968 hectares, e não de 4 mil hectares, como quer o Incra." A vistoria deu-se após a morte do fazendeiro Eduardo da Silva Marques ocorrida em abril deste ano. "Em decorrência do processo de inventário na Justiça, algumas atividades tiveram de ser paralisadas."

A fazenda é tradicional criadora de gado na região e possui áreas arrendadas para cultivos de cana-de-açúcar, milho e amendoim. A improdutividade alegada pelo Incra está sendo contestada na Justiça.

Os herdeiros entraram com pedido de retirada dos invasores, que ocupam a entrada da fazenda - os barracos foram montados numa área municipal para evitar que se caracterize a invasão. Uma lei federal impede a desapropriação de áreas invadidas. Os sem-terra no entanto, incursionam pela propriedade. O grupo é ligado a José Rainha Júnior, líder do MST da Base, considerado uma dissidência do MST nacional.

O Incra informou que a Santa Rosa foi considerada improdutiva, após processo formal de vistoria, e deve ser objeto de desapropriação para a reforma agrária. Como o setor de cadastro só retorna em janeiro, o órgão não teve condições de confirmar o tamanho da fazenda.

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