Donos de duas casas noturnas são presos por vender bebidas falsas

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Os donos de duas casas noturnas de Curitiba foram presos por comercializar bebidas alcoólicas falsificadas. No Adelsom Clube Show, no Sítio Cercado, foram apreendidas 80 garrafas, enquanto no Clube Albatroz, no Pinheirinho, a polícia encontrou 79 garrafas.

Adelsom Batista, 53 anos, e José Antônio Scoolze Júnior, 50 anos, foram presos na noite da última sexta-feira (14), pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). As bebidas eram compradas de René Francisco Kegler, 37 anos, que foi preso um dia antes. "Tanto quem vende quanto quem fabrica as bebidas responde pelo mesmo crime, que é adulteração de substância ou produto alimentício", disse o delegado Amarildo Antunes.

Kegler foi preso em uma casa na Travessa Laurindo Antonio Segalla, no Cajuru, onde, na garagem, funcionava a fábrica de bebidas. Foram apreendidas 500 garrafas no local, além de material para a produção de mais bebidas. As garrafas velhas eram lavadas e preenchidas com uma mistura de álcool e essência de uísque, vodca, entre outros. "Não tinha nenhuma condição de higiene", relatou o delegado.

Os proprietários das casas disseram que não sabiam da falsificação e que outra pessoa era encarregada de fazer a compra. "Eles são responsáveis porque a bebida era comercializada dentro do estabelecimento e eles sabiam que pagavam um preço abaixo do mercado", afirmou Antunes. Cada garrafa de uísque era vendida por René à casa noturna por R$ 25.

Batista e Schoolze foram soltos por ordem do juiz na manhã de domingo (16) e vão responder pelo crime em liberdade. A reportagem tentou entrar em contato com eles até as 19h30 desta segunda-feira, mas ninguém foi encontrado para comentar o caso.

Outros estabelecimentos estão sendo investigados por envolvimento no crime. Para os clientes, o delegado deixa o alerta de que quando houver qualquer suspeita, ela deve ser comunicada aos órgãos de defesa do consumidor e, dependendo do caso, à polícia.