São Paulo O desembargador do Tribunal Regional do Trabalho de Campinas Ernesto da Luz Pinto Dória foi solto na madrugada de ontem da carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Ele foi o último magistrado preso na Operação Furacão a ser liberado. Ao deixar o prédio da PF, por volta das 2 horas, Dória ajoelhou e fez o sinal da cruz.
A decisão de soltar Dória foi do vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Francisco Peçanha Martins, que concedeu o hábeas-corpus solicitado pela defesa do desembargador.
Dória é suspeito de integrar uma quadrilha que negociava sentenças em benefício de bicheiros e bingueiros. Ele tem prazo de 15 dias para dar explicações ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Arma
Dória deveria ter deixado a carceragem da PF de Brasília no sábado, quando ele, juntamente com outros dois desembargadores e um procurador-regional da República, obtiveram no STF o direito de deixar a prisão. O problema é que as buscas realizadas pela PF descobriram armas ilegais na casa do desembargador, e isso gerou um segundo mandado de prisão agora por porte ilegal de arma. Os desembargadores José Eduardo Carreira Alvim, ex-vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região, e José Ricardo de Siqueira Regueira, também do TRF da 2.ª Região, e o procurador-regional da República do Rio João Sérgio Leal Pereira, foram soltos no sábado.