Atualizado em 13/02/06 às 13h

CARREGANDO :)

A Universidade Estadual de Londrina (UEL) informou na manhã desta segunda-feira - por meio de sua assessoria - que doze alunos, feridos no desabamento de uma marquise na tarde de domingo, permanecem internados em quatro hospitais da cidade (veja lista com nomes). A universidade não identificou os três estudantes que estão em estado grave.

Nadia Yukinji Koto, de Curitiba, Juliana Araujo Maseroni, de São Paulo e Tatiana Lingate Ferreira Deazara receberam alta na manhã desta segunda. Segundo a assessoria da UEL, estava marcada para a manhã desta segunda a alta de Giovana da Silva Leandro, de Ribeirão Preto (SP). Mas até as 11h a aluna permanecia internada.

Publicidade

Por volta de 17h de domingo, uma marquise do anfiteatro do Centro de Estudos Sociais Aplicados(Cesa) desabou matando o estudante da Universidade de São Paulo (USP) João César Eugênio de Boscoli Rios, 21 anos, e ferindo outros 22. Na hora do acidente, mais de quatro mil estudantes estavam no local - sede do 16.º Congresso Brasileiro de Zoologia.

O governo do Paraná, segundo a assessoria da UEL, cedeu um avião que decola do aeroporto de Londrina às 13h30 para levar o corpo de João César para Belo Horizonte, onde será cremado.

Investigação

O Conselho Regional de Engenharia e o Departamento de Construções e Obras do Estado começaram a trabalhar na manhã desta segunda-feira, ao lado da Polícia Técnica, para determinar as causas do desabamento.

Coletiva

Publicidade

Na manhã desta segunda-feira a reitora da UEL, Lygia Pupatto, minutos antes da entrevista coletiva, falou que a universidade concentrou primeiramente todas as forças no atendimento rápido e eficiente aos feridos.

"Ontem (domingo) trabalhamos até a madrugada tentando localizar os feridos. Nós fomos aos hospitais identificar os alunos que se machucaram e entramos em contato com a família de todos eles", disse a reitora.

Sobre o motivo do desabamento, Lygia contou que não havia nenhum sinal de problemas no prédio e que rotineiramente é feito um trabalho de vistoria. "Foi uma tragédia para todos nós. Vamos aguardar o laudo da polícia técnica para tomar as providências necessárias", disse. "Mas nossa maior preocupação é dar apoio irrestrito aos estudantes e seus familiares", ratificou.

Comissão de Sindicância

Ainda no domingo, a reitora nomeou uma Comissão de Sindicância para apurar o acidente. A comissão, presidida pelo prefeito do Campus, professor Laerte Matias e engenheiros, começou os trabalhos na manhã desta segunda-feira.

Publicidade

Matias contou que está fazendo um levantamento do projeto de construção da universidade e que já entrou em contato com a construtora responsável pela obra. "Estamos no início dos trabalhos, mas pretendemos mostrar resultados o mais rápido possível".

Início do Congresso

O prédio da universidade está interditado. Apesar da tragédia, as atividades do congresso começaram na manhã desta segunda. "Em respeito ao congresso, demos início aos trabalhos, porém não haverá nenhuma atividade social, apenas científica", explicou a reitora da UEL.

O congresso reúne cerca de 4 mil estudantes de universidades de todo o País e também do exterior – incluindo Alemanha, França, Portugal, Costa Rica, Uruguai e tema a Biodiversidade como tema.

Veja em vídeo o desespero de alunos e professores após a queda da marquise

Publicidade