Um imóvel pichado e depredado foi o que restou do módulo policial na Rua Raul Pompéia, na Fazendinha, em frente ao Conjunto Itatiaia. Construído com o esforço da comunidade há 12 anos, o local foi abandonado, segundo a comunidade, há uns quatro. Virou ponto de encontro para usuários de drogas e desocupados.

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É bem verdade que o policiamento é feito na região com viaturas e rondas a pé. Mas, para os comerciantes, o fim do módulo teve um impacto significativo. Os ladrões ficaram mais ousados. "É uma região perigosa. Se não tem uma polícia combatente, isso aqui vai virar um inferno", opina Odilon de Oliveira, dono de uma loja de doces na Raul Pompéia que já foi "visitada" duas vezes por assaltantes. "Somos presa fácil por causa da certeza da impunidade", diz ele. "A pessoa tem que ter pelo menos segurança para trabalhar." Sua única proteção é a imagem de Nossa Senhora Aparecida colocada sob o balcão do estabelecimento.

Para Verçi Vaz Latczuk, proprietário de uma distribuidora de bebidas, as grandes operações promovidas pela polícia não resolvem o problema da criminalidade. "O que resolve é ter uma viatura policial no bairro passando a cada hora, dando batidas, revistando os suspeitos", afirma. Cansado de tanta insegurança, Latczuk vai na contramão da campanha do desarmamento e defende o uso de armas de fogo. "O ladrão vem no meu comércio porque sabe que não estou armado." (SLD)

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