Um pacote contendo três celulares, cabos, chips e baterias foi lançado para dentro dos muros da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. O material foi interceptado pelos agentes penitenciários, que ouviram o barulho do drone que o lançou.
De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança, o fato foi registrado na noite de quarta-feira (20), por volta de 23 horas, e houve uma vistoria nas proximidades da penitenciária para tentar localizar os responsáveis, mas ninguém foi encontrado.
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De acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), o caso não é isolado. “Esse é o terceiro ou quarto caso de drone esse ano. Esses dias teve um que foi abatido”, conta o diretor-jurídico da entidade, Ricardo de Carvalho Miranda. Ele diz ainda que não sabe como as pessoas que pilotam os drones estão atuando, mas que é possível que elas se concentrem na região da BR-116, que passa ao lado da PCE.
Miranda alerta ainda que o risco que operações como essa deem certo é muito maior com o uso de drones. “O efetivo é baixo e é muito raro encontrar PMs nas guaritas. Acaba não tendo muita gente para coibir essa prática”, afirma. Além do aumento do efetivo, o representante do Sindarspen sugere que o estudo de formas de bloquear os sinais remotos para impedir que drones possam ser controlados a distância na região de penitenciárias poderia evitar situações semelhantes.
Apesar de reconhecer a existência de situações semelhantes, a Sesp não tem um levantamento de casos no estado. A secretaria informou ainda que a direção da PCE não repassa dados sobre situações semelhantes no local por questões de segurança.