Duas crianças, uma de três e outra de cinco anos, foram levadas ontem de um lar assistencial no bairro Cajuru, em Curitiba. As informações sobre quem teria levado as meninas, que são irmãs, são contraditórias. No entanto, sabe-se que familiares estariam envolvidos. A ação aconteceu por volta das 15h30, quando o avô e a tia, autorizados a ver as crianças, faziam uma visita de rotina. O lar abriga menores separados das famílias por estarem ameaçados física e moralmente.
Inicialmente, as informações sobre o seqüestro apontavam para dois homens armados, que teriam invadido o abrigo e levado as crianças à força. O fato não foi confirmado pela responsável do local, que afirmou não ter havido violência. "A mãe entrou e saiu correndo com as crianças", disse a responsável, que não quis ser identificada. Porém, ela não soube explicar como a mãe, que não possuía autorização para ver os filhos, entrou na casa e saiu pelo portão da frente sem que ninguém a parasse.
As crianças, duas meninas, moravam no lar por determinação da Justiça, que entendeu como nocivo o convívio com os pais. Os motivos que levaram à determinação podem ser, entre outros, violência, maus-tratos e envolvimento dos responsáveis com crimes.
Policiais militares que atenderam a situação recomendaram o repasse do caso para o Conselho Tutelar e para a Vara da Infância e da Juventude. "Comunicamos a eles e agora esperamos instruções sobre como agir", diz a responsável pelo lar. Nenhum representante dos órgãos judiciais foi encontrado para comentar o assunto.
No orfanato, uma organização não governamental (ONG) criada há 22 anos, vivem 20 crianças, com idade entre dois e seis anos. Lá elas recebem alimentação, cuidados médicos, educação e atividades lúdicas. A casa é mantida com doações voluntárias e conta com suporte da Fundação de Ação Social (FAS) de Curitiba.
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