Duas crianças, uma de três e outra de cinco anos, foram levadas de um lar assistencial no bairro Cajuru, em Curitiba, na tarde de quinta-feira. As informações sobre quem teria levado as meninas, que são irmãs, são contraditórias.

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No entanto, segundo reportagem da edição desta sexta-feira da Gazeta do Povo, sabe-se que familiares estariam envolvidos. A ação aconteceu por volta das 15h30, quando o avô e a tia, autorizados a ver as crianças, faziam uma visita de rotina. O lar abriga menores separados das famílias por estarem ameaçados física e moralmente.

Inicialmente, as informações sobre o seqüestro apontavam para dois homens armados, que teriam invadido o abrigo e levado as crianças à força. O fato não foi confirmado pela responsável do local, que afirmou não ter havido violência.

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"A mãe entrou e saiu correndo com as crianças", disse a responsável, que não quis ser identificada. Porém, ela não soube explicar como a mãe, que não possuía autorização para ver os filhos, entrou na casa e saiu pelo portão da frente sem que ninguém a parasse.

As crianças, duas meninas, moravam no lar por determinação da Justiça, que entendeu como nocivo o convívio com os pais. Os motivos que levaram à determinação podem ser, entre outros, violência, maus-tratos e envolvimento dos responsáveis com crimes.

Policiais militares que atenderam a situação recomendaram o repasse do caso para o Conselho Tutelar e para a Vara da Infância e da Juventude. Nenhum representante dos órgãos judiciais foi encontrado para comentar o assunto.

No orfanato, uma organização não governamental (ONG) criada há 22 anos, vivem 20 crianças, com idade entre dois e seis anos. Lá elas recebem alimentação, cuidados médicos, educação e atividades lúdicas. A casa é mantida com doações voluntárias e conta com suporte da Fundação de Ação Social (FAS) de Curitiba.