Maria de Fátima de Jesus, 52, e sua filha, Alessandra de Jesus, 23, foram baleadas e mortas durante uma operação da Polícia Militar na favela da Quitanda, em Costa Barros, zona oeste do Rio.

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As mortes revoltaram os moradores, que foram para a porta da delegacia da região (39ª DP), onde os policiais militares que participaram da operação estavam registrando a ocorrência.

Com gritos de "assassinos", os moradores tentaram invadir a delegacia, mas foram contidos pela polícia. A Delegacia de Homicídios investiga o caso. Uma perícia foi realizada hoje no fim da tarde na favela da Quitanda. O local é dominado por traficantes da facção ADA (Amigo dos Amigos).

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Em seus primeiros relatos os policiais militares que participaram da operação, do 41º BPM (Irajá), disseram que quando chegaram à favela as mulheres estavam baleadas e caídas em um beco. Eles dizem que apenas tentaram socorrê-las. Os moradores negam a versão e dizem que elas foram atingidas pelos policiais.

Os policiais da Delegacia de Homicídios recolheram as armas dos militares para fazer o confronto balístico. Isto permite saber se os tiros que atingiram as mulheres partiram desses fuzis.

Maria Fátima que mora no interior do Rio, foi atingida por um tiro no peito. Ela estava na cidade para visitar a filha, que recebeu um disparo na cabeça.

Na operação, os policiais apreenderam uma espingarda calibre 12, uma pistola e duas granadas.