Na última segunda-feira à noite, em Londrina, duas quedas de moto, uma na Rua Serra do Roncador e outra na Rua Bento Munhoz da Rocha Neto, tiveram algo em comum: buracos na via.
No caso da Rua Serra do Roncador, no Jardim Bandeirantes, aberturas e pedras deixadas no asfalto depois de uma obra da Sanepar são as possíveis culpadas pela queda de um mototaxista. Já na Rua Bento Munhoz da Rocha Neto, os buracos foram possivelmente causados por falta de manutenção e derrubaram a estudante Erica Pelegrin Figueiredo na volta da faculdade. "Quando vi os buracos, já estava muito em cima. Cheguei a frear a moto, mas não deu tempo de desviar. Caí dentro do buraco."
A estudante levou pontos no pé e no queixo e teve escoriações pelo corpo. A moto, segundo ela, ficou bastante danificada. "As pessoas no local disseram para processar a prefeitura, mas acho que não compensa", pondera.
O advogado Jorge Alexandre Karatzios reprova o pensamento da estudante. "É obrigação do poder público conservar as ruas, mas o brasileiro age como se fosse um favor. Ainda que demore a ser ressarcido, é um direito do cidadão". Em casos como o de Erica, acrescenta, cabe ressarcimento tanto por danos morais quanto materiais.
Responsabilidade
Na Rua Serra do Roncador, o conserto deveria ter sido feito pela Sanepar em até 24 horas após o fim da obra feita no local. Com relação aos demais buracos, a responsabilidade é do município. De acordo com o secretário de Obras, Walmir Matos, 15 toneladas de massa asfáltica têm sido aplicadas por dia em operações tapa-buracos. "O problema é que os buracos são maiores que a nossa capacidade."
Segundo ele, as chuvas das últimas semanas, além de intercorrências com a usina de asfalto, atrasaram os trabalhos. "Estamos priorizando as vias arteriais, que têm maior tráfego e circulação de coletivos". A previsão do secretário é de que a prefeitura leve ainda seis meses para acabar com os buracos.
