O governo estadual abriu ontem o primeiro dos quatro envelopes da licitação que vai contratar a empresa que fará a duplicação da PR-323, em parceria com o estado. A duplicação da rodovia foi apresentada pelo governo estadual como a primeira Parceria Público-Privada (PPP) do Paraná. Há estudos em andamento para incluir outras quatro rodovias estaduais no programa que prevê investimentos conjuntos, da iniciativa privada e do poder público. O Consórcio Rota 323, formado por quatro empresas, foi o único grupo a participar da concorrência, que prevê a duplicação de 207 quilômetros, entre Maringá e Francisco Alves, além da construção de trincheiras e passarelas. As informações são da Agência Estadual de Notícias.
O Consórcio Rota 323 é formado pelas empresas Odebrechet Transport, Tucuman Engenharia, Goetze Lobato Engenharia e América Empreendimento. A seguradora Berkley Internacional Seguro do Brasil ficará responsável pelo seguro fiança, necessário para a garantir o andamento da obra.
Pelo projeto, as empresas vencedoras executarão a obra e também farão a operação do corredor, com obras de manutenção e conservação da rodovia. O trecho a ser explorado tem 220 quilômetros, dos quais 13 já estão duplicados.
O projeto prevê ainda uma tarifa-teto de pedágio a R$ 4,20 e quatro praças de cobrança entre as cidades de Maringá e Guaíra (Região Noroeste).
Nesta etapa da licitação, foi apresentado o envelope com as Garantias de Propostas e Atestados de Vista Técnica. As próximas etapas são a abertura dos envelopes de Documentos de Habilitação, Propostas Econômicas e Planos de Negócios.
Dentro do plano de negociação será descrito como serão feitas as obras de duplicação e os 19 viadutos, 22 trincheiras, 13 passarelas e nove pontes, além de marginais e ciclovias nas áreas urbanas, dentro de padrões internacionais. O trecho é composto por três rodovias estaduais PR-323, PRC-487 e PRC-272.
O valor total do programa é de R$ 7,7 bilhões e envolve duplicações, melhorias, operação da via e a manutenção ao longo de 30 anos. Destes recursos, R$ 3,6 bilhões serão em investimentos em novas obras de manutenção e conservação e, também, em serviços ao usuário.