Presente exige criatividade
Faltam dois dias e você ainda não comprou o presente para o namorado? Calma, a Gazeta do Povo pediu algumas dicas para a consultora em etiqueta Maria Tereza da Silva. Ser criativo é o ponto número um. "É legal ficar na ilusão. Sair do convencional. Programar um dia com um passeio ou jantar inusitados. Sair do lugar-comum. Dar presentes que você elabore", sugere.
A dica número dois é tirar um tempo para pensar em quem será presenteado. "Antes de sair de casa, estude a pessoa a quem dará o presente. Veja o estilo de vestimenta, os lugares que freqüenta", explica. Ela lembra que também vale perguntar para pessoas próximas o que dar ou buscar uma alternativa em comentários feitos anteriormente. "O que me incomoda é que todo mundo acaba indo pelo mais fácil", reclama Maria Tereza.
O terceiro ponto é respeitar o gosto do outro. "Não adianta comprar uma calça que não é do estilo dele e saber que não vai usar", diz. Para as moças que têm namorados que não as deixam pagar contas, a consultora aconselha que elas organizem um jantar em casa. E para eles, Maria Tereza lembra: "Flores são eternas!"
O amor estará no ar na próxima terça-feira, quando casais apaixonados irão comemorar o Dia dos Namorados. Nada melhor do que um jantar romântico, em um lugar bacana, com comida gostosa, um bom vinho, música selecionada... Mas, e no final do encontro? Quem vai pagar a conta? Ele ou ela? Essa é uma questão que não está presente apenas na data comemorativa e também não se restringe a restaurantes aparece no cinema, em viagens e até mesmo na hora de tomar um suco. Erraram aqueles que acham que essa é uma atribuição exclusiva dos homens. Hoje, elas também fazem questão de mostrar que podem.
O começo do namoro do auxiliar de produção Fernando Ramos, 22 anos, com a estudante de enfermagem Fernanda Florentino dos Santos, 24 anos, juntos há um ano e três meses, parece não ter sido muito confortável para ele. "Ele não trabalhava e eu estava com dinheiro. Eu pagava as contas, mas ele não gostava", lembra a moça. "Eu me sentia constrangido. Me sentia mal. Tinha vergonha de ela sempre pagar. Não gosto que os outros vejam que ela está pagando", conta Fernando. Para amenizar a situação, ela colocava o dinheiro na carteira dele. "A gente não briga por causa disso", diz Fernanda.
Hoje a situação é outra, Fernando trabalha e prefere bancar sozinho as contas. "Ele até não gosta, mas eu faço questão de pagar. Eu me sinto como se estivesse abusando. É muita comodidade. É justo eu contribuir", diz a namorada, cortando o barato. "Antigamente, só o homem trabalhava. Hoje em dia não, a mulher também trabalha e é independente. Não concordo que só o homem pague", complementa.
O antropólogo Carlos Balhana explica que a tradição do homem pagar a conta faz parte da cultura ocidental, que prega a segurança financeira como um símbolo da masculinidade. "O homem que não tem dinheiro e depende da mulher é visto como um explorador", diz. Mas, a partir do momento em que a mulher passou a conquistar mais espaço no mercado de trabalho esse cenário mudou. "Ela tendo mais capital, pode pagar", defende Balhana. "O homem paga para não se sentir inferior. E a mulher para mostrar que pode", analisa o antropólogo.
O médico Marlos Hedrey da Silveira, 31 anos, e a empresária Daniela Aparecida Venturi, 23 anos, namoram há quase um ano e estão noivos há um mês e meio. Os dois planejam o primeiro jantar de Dia dos Namorados juntos. "Provavelmente vamos dividir", adianta Marlos, que no começo do relacionamento oferecia-se para pagar as contas "por cavalheirismo, não por machismo", diz. "Eu não gostava que ele ficasse bancando tudo. Eu me oferecia para pagar e dividíamos. A mulher não deve esperar que o homem pague. Homem não é banco", afirma Daniela.
Pagar a conta faz bem para a auto-estima. É o que defende a consultora em etiqueta Maria Tereza da Silva. "Eu sempre me proponho a dividir e me sinto muito bem quando a pessoa deixa." Lembrando que, pelas regras da etiqueta, paga quem convida. Ela diz que dividir o valor ou revezar pagamentos são boas opções para os casais. "Acordos não saem caro e ninguém discute. E na hora de fazer o revezamento é bom ficar dentro de uma média de preços", aconselha.
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