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São Paulo

É "complicado" distinguir jornalista, advogado ou baderneiro em protestos, diz PM

O tenente-coronel Marcelo Pignatari disse que é "complicado" para a Polícia Militar, "na hora do tumulto" em uma manifestação, distinguir quem é advogado, quem é jornalista ou quem está no ato para fazer baderna.

"Estou fazendo um discurso realista", afirmou. A declaração foi dada durante reunião convocada pela PM antes da manifestação marcada para a tarde desta quinta-feira (27), contra a Copa do Mundo. Comandante da operação de hoje, Pignatari disse, no entanto, que reforçará orientação da tropa a respeito.

Participaram do encontro representantes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), do Ministério Público, da Polícia Civil, da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), do Metrô e da linha 4-amarela. Não havia nenhuma liderança dos movimentos que organizam manifestações --apenas membros de um grupo de apoio aos atos.

Foi a primeira vez que houve uma reunião com esses integrantes. Segundo Pignatari, a PM estará no local para proteger o direito à livre manifestação, mas não irá tolerar e agirá ao constatar "quebra da ordem".

A PM foi questionada sobre a presença de policiais sem identificação em manifestações, o que contraria norma da corporação. Pignatari orientou os advogados de ativistas a procurar um oficial da PM quando constatar situações do tipo, que tornam o policial sem identificação passível de punição.

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