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Férias

É hora da criançada se divertir

Alexandre Toniolo e o filho, Henrique, gostam de passear e brincar nas praças da cidade | Marcelo Elias/Gazeta do Povo
Alexandre Toniolo e o filho, Henrique, gostam de passear e brincar nas praças da cidade (Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo)

Quando as férias chegam, a sensação de liberdade toma conta das crianças. São muitos planos: viagens, passeios, noites na casa dos amigos. Passado algum tempo, as opções parecem diminuir, mas o pique da meninada só aumenta. Nessa hora os pais devem usar a imaginação e procurar, pela cidade, as opções para entreter os pequenos.

Com o fim das aulas, os pais de Henrique já sabiam o que estava por vir. Como a mãe, Ana Paula de Oliveira, trabalha como enfermeira e não tem folga em janeiro, a tarefa de entreter o filho ficou para o pai, o músico Alexandre Toniolo. "Geralmente eu tenho as tardes livres e aproveitamos esse tempo para passear pela cidade. Já fomos a parques, shoppings e visitamos amigos dele. Mas, geralmente, a gente vai lanchar em algum lugar ou brincar na praça do Atlético, que é perto de casa e ele gosta bastante", conta.

A pediatra Milene Meller é mãe de Marcelo, 13 anos, e Joel, 11. Mesmo trabalhando, ela procura encontrar tempo para acompanhar os filhos, que intercalam dias de atividade em Curitiba com outros tranquilos na praia. "Aqui eles vão ao teatro, cinema e fazem outras atividades culturais. Não é porque os pais estão trabalhando que os filhos devem deixar as férias de lado", diz.

Opções

Durante o mês de janeiro, centros comerciais, clubes, parques e diversos outros espaços de lazer oferecem atividades recreativas. Também é comum encontrar, nas escolas onde as crianças estudam, opções de colônia de férias. A professora Maria Cristina Pires, coordenadora do Clube da Brincadeira, da Escola Anjo da Guarda, organiza as colônias de férias da instituição desde 2003. Ela ressalta a importância dos pais escolherem o local onde os filhos vão passar parte do verão considerando a proposta pedagógica e os serviços oferecidos. "É preciso ter consciência que as colônias de férias não são depósitos de crianças. Os pais tem de conhecer o local, a estrutura, e ver se seus filhos terão suas necessidades supridas", diz. Outro ponto a ser analisado diz respeito à programação. Atender uma criança na colônia não é só distrair. "Ela deve sair de lá enriquecida com as novas experiências e satisfeita com a atenção que recebeu", diz.

Mas não são apenas as grandes produções e estruturas que garantem férias divertidas. Os pais também podem ajudar a entreter os filhos dentro de casa. A receita é simples: paciência e criatividade. As atividades cotidianas podem ser feitas de modo diferente do que o praticado no dia-a-dia. Segundo a pediatra e hebiatra (especialista que atende adolescentes) Luci Pfeiffer, mesmo a leitura de um livro pode gerar momentos muito especiais entre pais e filhos.

Atenção

O ideal para as férias escolares é que os pais promovam mais tempo de interação com os filhos, diz Luci, que é responsável pelo Programa de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Hospital de Clínicas. Segundo ela, as brincadeiras, além de fundamentais, também permitem conhecer melhor a criança. "Ao brincar, eles colocam a sua visão do mundo e aí podem aparecer atitudes que merecem ser investigadas. Medos ou agressividade, por exemplo, são sinais de que algo pode estar errado", afirma. Um cuidado que os pais têm de ter é garantir tempo livre para os filhos, para que eles fiquem livres de responsabilidades e tarefas rígidas, como acontece durante o ano letivo. "A criança precisa ficar livre e treinar sua criatividade", afirma.

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