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O início do julgamento do mensalão pelo STF tem tudo para fomentar a oposição ao foro privilegiado e a sensação de impunidade. O Supremo deverá decidir, entre os dias 22 e 31 de agosto, em seis sessões de cinco horas cada uma, se acolherá ou não a denúncia oferecida há um ano e meio pelo Ministério Público Federal. Pelo rito processual, o MPF e os advogados dos 40 acusados vão dispor, ao todo, de dez horas e meia para a sustentação oral. Depois do voto do relator, cada ministro terá a palavra, podendo pedir vista dos autos e adiar a votação para outra sessão. Se até lá, com os recursos previstos em lei, os crimes ainda não estiverem prescritos, o julgamento final será numa sessão em que o MPF e os advogados falarão durante 41 horas.

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Movediço – Ao rejeitar o convite para comandar a Infraero, Rossano Maranhão não levou em conta apenas seu contrato com o Banco Safra. O ex-presidente do BB, que era a nome favorito do novo ministro da Defesa, Nelson Jobim, não sentiu lá muita firmeza nos planos do governo para a estatal.

Olha eu aqui – Com a recusa de Maranhão, o ex-deputado petista Aírton Soares, do conselho da Infraero, intensificou a campanha que move desde sempre para assumir a presidência da empresa.

Visitinha – Senadores da CPI do Apagão Aéreo querem uma reunião com Jobim para levar o relatório preliminar aprovado antes do recesso.

Sumiço 1 – A crise, pelo jeito, não aflige só passageiros. O presidente da Pantanal, Marcos Sampaio, alegou "estresse agudo" para não comparecer hoje ao depoimento na CPI da Câmara. Seu atestado médico tem validade de 60 dias.

Sumiço 2 – O presidente da CPI, Marcelo Castro (PMDB-PI), ficará fora de combate na primeira semana pós-recesso. Ao voltar de férias na Rússia, foi internado em Brasília com uma crise de diverticulite.

Trava-língua – Além de Dilma Rousseff, que falou "Paraíba" em vez de Piauí, também Lula se confundiu em visita ao estado na sexta. Chamou o município de Gurguéia de "Gurjéia" e o de Jerumenha de "Jurumenha".

Ensaio – O trabalho de reaproximação de Renan Calheiros (PMDB- AL) no recesso foi sutil. O presidente do Senado evitou ser ostensivo com colegas, mas chamou a atenção ao insistir na nova versão de que vendeu carne para o frigorífico Mafrial, e não para as empresas laranjas que aparecem nos recibos apresentados.

Nem aí – Os relatores do caso Renan no Conselho de Ética mandaram carta à jornalista Mônica Veloso para que ela confirmasse as datas dos recebimentos de recursos do presidente do Senado. Passadas algumas semanas, no entanto, ela não respondeu ao ofício.

Cansei – Olavo Calheiros (PMDB) anunciou no fim de semana o rompimento com o governador de Alagoas, Teo Vilela (PSDB). O deputado reclama da demora na reintegração de posse de sua fazenda invadida pelos sem-terra.

Rota de colisão – Ciro Gomes se desentende com o PSB local, que com respaldo do presidente nacional da sigla, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, tenta barrar a candidatura de sua ex-mulher, Patrícia Saboya, à prefeitura de Fortaleza.

Porta aberta – A Força Sindical acompanha de perto a ruptura entre PC do B e CUT. Presidente da central, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) articula aliança com o grupo de sindicalistas do partido, que planeja criar nova entidade até dezembro.

Outro lado – A Funasa afirma que os investimentos do PAC no Rio ainda não foram anunciados oficialmente. O encontro da semana passada com prefeitos, diz a fundação, foi apenas preparatório.

TIROTEIO

* Do deputado ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB-SP), sobre as críticas governistas ao movimento "Cansei", lançado pela OAB-SP, com o apoio de empresários, na esteira da tragédia em Congonhas:

– É a tática chavista de tentar dividir a sociedade. Lula se coloca como pai dos pobres, mas na verdade é apenas o pai dos mal-informados.

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