E-mail é ferramenta estranha para jovens instantâneas

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Apesar de 36% dos jovens de 16 a 25 anos acessarem o e-mail todos os dias, segundo a pesquisa Juventude Conectada (parceria entre Escola do Futuro, da USP, Ibope Media e Telefônica), acesso não significa uso. "Uma infinidade de coisas na internet ainda dependem de confirmação, de código para acesso. E isso é enviado via e-mail. Esse jovem entra, vê, e pronto. Não chega a usá-lo", diz Samantha Kutscka, coordenadora do projeto.

Esses jovens usam o e-mail só quando necessário. Segundo pesquisa do Ibope em 13 capitais do Brasil, 17% dos jovens usam o e-mail apenas na empresa. Em casa, apenas 1% usa a internet para mandar e-mails. A ferramenta também não combina com dispositivos móveis: só 2% dos jovens pesquisados mandam e-mail pelo celular ou tablet.

A agilidade da conversa nos novos aplicativos é um fator que explica a falta de interesse do jovem nativo digital pelo e-mail. "O e-mail tem uma sucessão de etapas até a mensagem chegar ao interlocutor. Os aplicativos no celular eliminaram isso. Eles te mandam sinais instantâneos quando uma mensagem é enviada ou lida. Essa geração está acostumada a isso", diz Elizabeth Saad, pesquisadora de mídias digitais da USP.