Brasília – O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, criticou a iniciativa do Congresso Nacional de resgatar projetos radicais de combate à criminalidade, como o aumento de penas e a prisão perpétua, movido pelo medo que tomou conta do país por conta dos atos de violência urbana desta semana.

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"É preciso não cair na tentação da legislação do pânico, da legislação feita em momento de crise que acaba por deformar e desarmonizar o sistema processual, em vez de trazer soluções", disse.

Diante do risco de oportunismo por parte de grupos radicais, Bastos anunciou que fará uma reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), para que Executivo e Legislativo acertem o passo em relação às medidas de repressão ao crime e de prevenção de crises.

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Para o ministro, é importante evitar a demagogia e a irresponsabilidade.

"Não queremos fazer do Brasil um país de leis que não se cumprem, mas um país de instituições operativas contra o crime e nas quais a sociedade confia."

Bastos fez essas declarações após presidir solenidade de assinatura de convênios com o Banco do Brasil para acelerar o bloqueio, cadastro e venda de bens apreendidos do crime organizado.

Um deles permitirá o leilão, pela internet, dos bens apreendidos em todo o país.

Com isso, a União evitará a deterioração dos bens bloqueados e reduzirá os prejuízos aos cofres públicos. "Uma das formas mais eficientes de combater o crime organizado é destruir sua causa final, a lavagem de dinheiro", observou.

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