O administrador do Instituto Paranaense dos Cegos, Ênio Rodrigues da Rosa, afirma que a criação de uma secretaria específica é uma iniciativa importante, mas que precisa ser analisada. "É preciso questionar com que intenção ela foi criada".
"Não basta a secretaria existir se ela não tiver autonomia, poder político e econômico para agir de fato", afirma. Ou seja, não basta criar a secretaria e não dar condições para que os profissionais trabalhem.
A preocupação de Ênio se baseia no que ele afirma ter visto ocorrer em outros estados. "O que já vi foi a criação de secretarias, com toda a pompa, e depois elas caírem em ostracismo, por falta de apoio."
O administrador alerta para a importância de que esse órgão sirva como um intermediador entre as reivindicações dos deficientes e as outras secretarias. "Afinal a deficiência física é um tema transversal e deve permear todas as outras áreas." Para garantir que isso ocorra de fato, ele defende que as entidades ligadas à defesa dos direitos da pessoa com deficiência fiscalizem de perto e cobrem soluções do novo órgão público.