Confira alguns cuidados básicos com a higiene, para evitar a gripe A| Foto:

Três anos após o aparecimento da gripe A, que causou mortes e colocou o Brasil em alerta, a doença volta a ser motivo de preocupação. De acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), já foram detectados 180 casos de Influenza H1N1 no Paraná neste ano, e 13 pessoas morreram. Apesar de o quadro ainda não ser considerado de surto ou epidemia, o movimento tem sido intenso nos laboratórios privados que oferecem a vacina contra a doença. Para o superintendente de Vigilância em Saúde da Sesa, Sezifredo Paz, mais importante do que tomar a vacina é se prevenir. "É fundamental que as pessoas se previnam, evitando assim a propagação da gripe. E, caso apresentem os sintomas, procurem imediatamente atendimento médico", ressalta. Os médicos foram orientados para que em todos os casos de gripe seja receitado o antiviral Oseltamivir. Abaixo, você tira dúvidas sobre transmissão, prevenção e tratamento da gripe A.

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Estamos em estado de surto ou epidemia de gripe A?

Não. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, há um aumento no número de casos, mas que ainda não é considerado surto ou epidemia.

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Como a gripe A é transmitida?

O vírus H1N1 é transmitido facilmente por meio da emissão de gotículas pela tosse ou espirro da pessoa contaminada. Dessa forma, o vírus pode circular pelo ar ou ficar em objetos contaminados por essas gotículas.

Como prevenir a doença?

Lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou higienizá-las com álcool gel; cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar; manter os ambientes sempre bem ventilados; evitar aglomerações.

O álcool em gel é a melhor forma de prevenir?

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O álcool em gel é bastante eficaz, pois torna inativo ou mata o vírus. No entanto, seu uso não dispensa a lavagem das mãos com água e sabão.

Quais os sintomas da gripe A?

Os sintomas são os mesmos de uma gripe comum: febre acima de 38°, tosse, dor de cabeça, dores no corpo, cansaço, dor de garganta.

O que fazer ao detectar os sintomas?

Não se automedicar e procurar imediatamente atendimento médico no sistema de saúde. Quanto mais cedo o vírus for detectado, mais eficaz é o tratamento.

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O antiviral Oseltamivir está disponível na rede pública e nas farmácias?

Sim. Para recebê-lo, no entanto, somente com receita médica, emitida após a constatação de que a pessoa realmente está com gripe.

Quanto tempo dura o tratamento?

Cinco dias, mas no geral o paciente apresenta melhora em 24 horas. Se o medicamento for administrado até 48 horas após o aparecimento dos sintomas, o porcentual de cura é de quase 100%.

A gripe A mata mais do que outras gripes?

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Qualquer gripe pode matar se não houver o tratamento adequado. Por suas características, o vírus H1N1 agrava o quadro da vítima mais rapidamente e suas complicações, como a pneumonia viral ou doenças preexistentes, podem levar à morte.

Que cuidados tomar se alguém em casa estiver com a gripe A?

Manter a pessoa em local ventilado, não compartilhar os mesmos objetos e sempre higienizar o ambiente para evitar contaminação.

Existe vacina contra gripe A disponível na rede pública de saúde?

Não, somente em laboratórios privados. A campanha de vacinação se encerrou no dia 6 de junho e abrangeu somente o chamado grupo de risco, que inclui pessoas com mais de 60 anos, trabalhadores da saúde, crianças que entre seis meses e dois anos, gestantes e indígenas.

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Todos podem tomar a vacina?

Sim. Não há contraindicação para a vacina, que pode ser tomada mesmo se a pessoa estiver gripada ou resfriada.

Quem tomou vacina no ano passado precisa tomar de novo?

Sim. Em média o tempo de imunização é de seis meses.

A vacina causa reação?

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Depende do organismo de cada um. Como o prazo para imunização é de duas semanas após tomada a dose, há casos em que a pessoa contrai a gripe antes que a vacina faça efeito.

Serviço

A Gazeta do Povo fará um chat sobre a gripe A na próxima terça-feira. O infectologista Thiego Teixeira Cavalheiro vai responder a dúvidas dos leitores sobre o vírus H1N1. Acesse www.gazetadopovo.com.br/saude e participe. Dúvidas podem ser enviadas desde já para o e-mail saude@gazetadopovo.com.br