O que mais chamou a atenção no debate foi a ausência do presidente Lula. Não podemos dizer que foi uma surpresa, ele foi coerente com a sua atitude ao longo de todo o seu mandato.
Heloísa Helena esteve aguerrida, disparando quase igualmente contra os governos Lula e FH. Quase, porque o rancor que demonstra pelo presidente e seu partido é inigualável. As suas críticas eram dirigidas para todas as áreas. De acordo com o discurso da candidata, parece que nada de bom aconteceu no país até hoje e só irá acontecer se ela chegar à Presidência.
O único desafio de Geraldo Alckmin foi enfrentar Heloísa Helena. Estrategicamente agiu bem ao responder a pergunta da senadora sobre a segurança, colocando-a na defensiva ao mencionar que não sabia o que ela já havia feito pela área. Por um momento, quase que mordeu a isca da senadora. Titubeou diante de uma das críticas ao governo FH. Ficou sem saber se defendia o ex-presidente. Teve presteza ao decidir, voltou atrás e resgatou o seu discurso, independente de FH.
Cristovam Buarque foi o melhor. Estava com a tranqüilidade de um candidato acima da briga. Fez inúmeros apelos pelo fim da corrupção e pela revolução da educação e defendeu ainda que o eleitor levasse com o voto a disputa para o segundo turno por uma questão pontual, para que as denúncias recentes envolvendo o PT e organizadores da campanha do presidente fossem minimamente resolvidas, e por uma questão conceitual, pela possibilidade da ampliação do debate democrático.
E não é que teve mesmo apresentação de propostas!