O governo afirma que está fazendo esforços para agilizar as obras de prevenção a desastres em decorrência da chuva, que são de responsabilidade de Estados e municípios. Mas admite não ser possível fazer tudo em um curto espaço de tempo. Hoje, dos mais de 5.500 municípios do país, há apenas 538 mapeados pelo governo federal, com análise do risco de tragédias e das obras necessárias para evitá-las. A meta é aumentar o número para pouco mais de 800 no início do ano que vem. Os municípios foram escolhidos de acordo com o histórico de catástrofes registradas nos últimos anos. Os mais afetados ganharam prioridade. "Não temos como evitar chuvas. É uma situação que temos de conviver. O temos de procurar fazer é melhorar a infraestrutura e até tirar essas pessoas de regiões mais vulneráveis", afirmou a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) em conversa com jornalistas hoje no Palácio do Planalto. Segundo ela, o governo destinou R$ 21 bilhões para obras de prevenção de desastres naturais e R$ 19 bilhões foram contratados por Estados e municípios. Mas há o trâmite legal para a realização de projetos, com a apresentação de propostas e as licitações, o que demanda tempo. "Temos acompanhado e estamos fazendo esforços para que seja agilizado", disse. Na avaliação da ministra, o governo estava preparado e reagiu bem às chuvas este ano, que afetaram principalmente o Espírito Santo. "O governo conseguiu trazer em pouco espaço de tempo as Forças Armadas, a Força Nacional do SUS (Sistema Único de Saúde), liberar recursos de emergência para o Espírito Santo, levar os primeiros socorros. Agora, passamos para outra fase: a discussão com Estados e municípios sobre a reconstrução das cidades, dos investimentos que serão necessários", disse.
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