O primeiro eclipse do ano poderá ser contemplado no Paraná e em todo o Brasil na próxima terça-feira (15). Comum ainda que nem sempre visível no nosso país o eclipse total da Lua começará à 1h53, no horário de Brasília. O ápice do eclipse está previsto para às 4h45.
Além de muita força de vontade para passar a noite em claro acompanhando o fenômeno, quem mora no Paraná terá de fazer figa para que o tempo colabore. "Se o tempo estiver nublado, com neblina, pode atrapalhar sim [o acompanhamento]", afirma o físico-astrônomo Dietmar William Foryta, doutor em astronomia e professor da UFPR.
Visível a olho nu, o fenômeno terá a chance de ser mais bem apreciado, principalmente, por moradores da Polinésia Francesa, Ilha de Páscoa, Chile e na Argentina, territórios mais próximos aos pontos de início e fim do eclipse, na direção do Sul do Oceano Pacífico. No entanto, de uma maneira geral, todos os moradores do Hemisfério Ocidental poderão vê-lo. "Aqui no Brasil a gente não vai ver perfeitamente. Vamos ver mais de perto do horizonte", explica o professor.
Para acompanhar o eclipse não é necessário nenhum tipo de equipamento. Neste caso, os únicos impedimentos são mesmo o mau tempo e a localização geográfica. "O problema é que se, por exemplo, a pessoa estiver numa casa ou apartamento em relevo diferente, outros imóveis ficam no caminho e pode impedir de ver o que se passa", lembra Foryta. "E se as crianças querem ver, o problema também é mantê-las acordada", brinca.
O eclipse total da Lua ocorre quando o satélite natural da Terra fica imerso no cone de sombra projetado pelo planeta. A possibilidade é de que fenômenos como este ocorram, no mínimo, duas vezes por ano. Porém, nem sempre a passagem da Lua coincide exatamente no mesmo plano da sombra da Terra, o que pode dar origem também a eclipses penumbrais e parciais, por exemplo.
Para este ano, além do eclipse total da Lua na próxima semana, também ocorre um eclipse solar anular no dia 29 de abril, outro eclipse total da Lua no dia 8 de outubro, e um eclipse solar parcial no dia 23 de outubro. No entanto, nenhum destes três últimos poderá ser visto das cidades paranaenses.