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Maringá

Eder Ribeiro da Costa alega ter cometido crime para socorrer cunhado

Eder Ribeiro da Costa disse que a realização do crime não contou com planejamento minucioso | Fábio Dias/ Gazeta do Povo
Eder Ribeiro da Costa disse que a realização do crime não contou com planejamento minucioso (Foto: Fábio Dias/ Gazeta do Povo)

O homem que confessou ter matado Luiz Antônio Paolicchi disse que cometeu o crime para defender o seu cunhado Vagner Pio. Em entrevista à Gazeta Maringá, Eder Ribeiro da Costa, de 28 anos, declarou que Pio se queixava de supostas agressões e ameaças feitas pelo ex-secretário da Fazenda de Maringá, com quem mantinha união estável em comunhão universal de bens.

"Raramente via ele [Pio], porque Paolicchi não o deixava visitar a mãe. Várias vezes minha sogra ligava e o Paolicchi não deixava atender. Quando ele [Pio] ligava, estava com voz de choro. A última vez que conversei com meu cunhado foi quando ele pediu socorro porque o Paolicchi espancava ele. Agredia verbalmente e fisicamente."

A Polícia Civil aponta que um dos motivos do crime foi uma dívida por drogas que o ex-secretário tinha com Costa. No entanto, o acusado se defendeu e alegou que sequer conhecia a vítima. "Desconheço isso [a dívida], porque nem usar drogas eu uso. (...) Nunca tinha visto ele [Paolicchi] na minha vida. Não sabia nem o nome dele. Quando acharam o corpo que fui ver quem que era. Não lembrava nem do rosto."

Costa também informou que o crime não foi planejado e defendeu sua namorada, Vanessa Ferreira Eizing. A irmã de Pio, também acusada de envolvimento no assassinato, deixou a cadeia de Maringá após ser beneficiada com um alvará de soltura expedido na quinta-feira (1º) pela 4ª Vara Criminal.

"Ela não sabia de nada. Minha mulher quase largou de mim por causa disso aí. Antes,quando o Vagner [Pio] ligou pedindo socorro, ela falou: não faz isso, tem outras formas de resolver. Aí a gente ficou quase um mês sem tocar nesse assunto. Depois que o Vagner ligou e [disse] que ele [Paolicchi] estava batendo de novo, aí nem falei nada pra ela. Montei na moto, vazei e fiz."

Como o crime ocorreu

Eder da Costa também contou como rendeu Paolicchi. Logo após deixar Pio no Hospital do Câncer (onde visitaria sua avó), o ex-secretário foi surpreendido dentro do automóvel. "Rendi ele [Paolicchi] virando o hospital, sem o Vagner [Pio] ver. Falei para tocar o carro para frente. Amarrei as mãos dele, passei a fita na boca para não gritar, coloquei no porta-malas e dirigi o carro. Fui lá onde foi feito o negócio, matei, deixei o carro lá e saí andando pela rodovia, saí correndo".

O corpo de Paolicchi e o carro onde o crime foi cometido foram deixados em uma propriedade rural do distrito de Floriano. Costa declarou que não havia escolhido o lugar antecipadamente. "Qualquer entrada que eu achasse ia entrar. Eu estava com o carro muito rápido. Foi tudo dentro do carro, só puxei o banco [de trás] pra frente e atirei."

O acusado disse que se arrepende do que fez e que não cometeu o crime esperando receber algo em troca. "Foi um pedido de socorro. Ele [Pio] nunca me ofereceu nada e nem eu pedi. Nunca tive a cara de pau de pedir nada porque ele é meu cunhado."Costa não comentou sobre o suposto envolvimento de outras pessoas no crime.

Acusado pretende voltar para Paranavaí

Eder da Costa trabalhava como mecânico em Paranavaí, município onde nasceu. Pai de quatro filhos (com idade entre 2 e 7 anos), revelou que pretende voltar para o local de origem depois de cumprir pena. "Muita gente me julgava lá por causa das minhas tatuagens, mas vou tentar levar minha vida normal lá. Não é por causa disso [crime] que vou sair de lá. Os incomodados que se retirem."

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