Brasília O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem, em discurso no Palácio do Planalto, que o sistema educacional brasileiro está "entre os piores do mundo".
Em reunião com educadores, o presidente, ao falar das medidas que pretende adotar na área do ensino, disse que quer acelerar "uma grande reforma" para o setor.
"A experiência acumulada mostra que o Estado brasileiro, ao longo das últimas décadas, não deu respostas (para os problemas da educação). Houve a universalização do ensino, mas não houve um acompanhamento da melhoria da qualidade da educação. Então, estamos entre os piores do mundo", declarou o presidente, falando a professores, reitores, pedagogos e ex-secretários de Educação. Lula disse que o que pretende anunciar para a área de ensino "não é um Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Quero apressar uma grande reforma não sei se a palavra é grande reforma para a educação brasileira."
O encontro com educadores foi para debater o Plano de Desenvolvimento da Educação, que prevê investimentos de R$ 8 bilhões nos próximos quatro anos na melhoria da qualidade do ensino, especialmente o fundamental.
Ajuda
No discurso, Lula disse que pediu ao ministro da Educação, Fernando Haddad, que convide ex-ministros da Educação como Paulo Renato, Cristovam Buarque e Murilo Hingel para debater a "grande reforma" do setor educacional.
No entender do presidente, as crianças, nas escolas brasileiras, precisam ser avaliadas "mensalmente, semanalmente e diariamente". "Talvez, das pessoas, aqui, eu seja a menos qualificada para discutir educação. Estou aqui apenas apresentando uma demanda", comentou.