Educação, Ciência e Tecnologia. Este será o tema da sexta e última etapa do ciclo de palestras Cenário Brasil, promovido pelo Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), com patrocínio do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-PR), com apoio da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Gazeta do Povo. O evento será realizado na próxima quarta-feira, dia 26 de setembro, e contará com sete palestras e um debate de encerramento. De acordo com o presidente do IEP, Luiz Cláudio Mehl, a última rodada do ciclo vai buscar posicionar o engenheiro frente às grandes questões nacionais. "Nas outras etapas abordamos assuntos mais técnicos, específicos da área. Agora vamos debater a questão da educação que é, na nossa visão, a grande arma para garantir crescimento econômico, oportunidades e superação da pobreza", diz Mehl.
Por esse motivo, segundo o presidente do IEP, foram convidados profissionais de outros setores. "Queremos mostrar o que os engenheiros pensam e ouvir também. Ao final das palestra, o evento estará aberto ao posicionamento do público."
Entre os palestrantes está o jornalista Luiz Geraldo Mazza e o professor e escritor Belmiro Valverde, para quem o evento é uma oportunidade imperdível de debater a educação "em um país comprometido com a ignorância". "Não há nação que se desenvolva sem investir em educação. E investir em educação é uma decisão de caráter político", afirma Valverde.
O discurso político também é defendido por Mehl. Para ele, entidades como o IEP não podem ficar presas entre quatro paredes, discutindo questões internas e técnicas. "Não queremos ficam segregados em um cantinho. Vamos debater política sim. Sem, no entanto, sermos partidários", ressalta.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, foi convidado a participar do evento, mas não irá comparecer. "Queríamos contar com um assessor dele no mínimo. Seria importante ter a posição governamental, mas infelizmente nenhum representante do ministério estará presente."
Histórico
Criado em 1926, o IEP, a mais antiga das entidades de engenharia do Paraná e a terceria mais antiga do país, tem se voltado cada vez ao incentivo à educação, a ciência e a tecnologia. Exemplo disso, segundo Mehl, é a incubadora tecnológica da entidade que dá suporte técnico e burocrático a novos profissionais que tenham projetos interessantes. "O profissional tem seis meses para mostrar a viabilidade do seu projeto. Se isso ocorrer, o IEP o auxilia a abrir canais de financiamento junto ao governo federal, por exemplo."
O instituto também conta com uma linha de mestrado e duas pós-graduações em parceria com a Universidade Federal do Paraná. "As aulas são ministradas aqui e sempre buscamos uma interação entre prática e teoria."