Brasília - Um cursinho pré-vestibular para alunos negros de escolas públicas da Bahia, um dicionário de filosofia na Língua Brasileira de Sinais (Libras) e um método para higienizar água com a luz do sol foram os vencedores, ontem, do prêmio Jovem Cientista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O pré-vestibular, desenvolvido pela estatística Sheila dos Santos Pereira, da Universidade Federal da Bahia, atendeu 35 jovens no ano passado. Todos conseguiram entrar em faculdades nas áreas de engenharias e arquitetura.
A mineira Terezinha Rocha, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, criou um dicionário de filosofia em CD-ROM na linguagem de sinais. Como não existiam os sinais para a maior parte das palavras, a estudante de filosofia trabalhou com estudantes surdos a etimologia da palavra.
O prêmio para estudantes de ensino médio ficou com Júlia Parreiras, do Centro Federal de Ensino Técnico de Minas Gerais (Cefet-MG). Júlia descobriu que a luz do sol e o calor eram usados pelas comunidades para purificar a água. Auxiliada por uma professora, desenvolveu, com papelão e papel alumínio, um sistema para acelerar o processo. Fez uma cartilha sobre doenças vindas de água contaminada e ensinou famílias de comunidades carentes a construir o acelerador.