Acompanhando a queda na taxa de fecundidade feminina, o estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que houve uma redução da gravidez na adolescência, a partir de 1999. Segundo a coordenadora de pesquisa da área de População e Cidadania do Ipea, Ana Amélia Camarano, o fenômeno é explicado por se ter uma geração que recebeu mais educação sexual, tem mais acesso à informação e aos métodos contraceptivos.

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A estudante de direito Júlia (nome fictício), 18 anos, é um exemplo desta nova geração. No ano passado, depois de iniciar um relacionamento mais sério, resolveu que chegara a hora de ter a primeira relação sexual. Antes, começou a tomar pílula anticoncepcional. Além disso, no dia, fez questão de usar preservativo. "Sempre tive medo de ficar grávida. Uma amiga de 16 anos ficou. Para que isso não acontecesse, sabia que tinha que me cuidar", afirma.

Segundo ela, a televisão foi o meio que mais a influenciou e prestou informações sobre o assunto. A família também – principalmente a mãe e avó –, segundo Júlia, teve papel importante para que ela tomasse as precauções para evitar uma gravidez na adolescência. "Quando resolvi tomar anticoncepcional, pedi para minha mãe comprar para mim. Já minha avó ficava sempre me dizendo para eu me cuidar", lembra Júlia.

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