Educadores dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) de Curitiba mantêm a greve prevista para começar nesta terça-feira (26) nas 197 unidades deste tipo da capital. O indicativo de greve foi aprovado na noite da última quinta-feira (22), em assembleia realizada na Praça Carlos Gomes, no Centro da capital.

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O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc) informou que, apesar das reuniões com a prefeitura durante à tarde, a pauta não avançou. Uma conversa com o prefeito Gustavo Fruet chegou a ser feita, mas a categoria ficou descontente pelo fato de não ter sido estabelecido cronograma para a implementação das reivindicações.

Com isso, a partir das 8 horas da manhã está convocada uma manifestação dos educadores na Praça Santos Andrade, em Curitiba. A expectativa é de que mil pessoas se reúnam no local e que a maioria dos estabelecimentos fiquem sem aula a partir de amanhã. Ao longo desta terça, uma assembleia deve ser realizada para definir os rumos do movimento nos próximos dias.

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Impasse pela manhã

Durante a manhã houve um impasse, porque os educadores disseram ter uma reunião com a administração municipal, mas, de acordo com o sindicato, o encontro foi boicotado pela grande maioria dos educadores convocados. "A gestão chamou os educadores, de forma isolada, mas o sindicato não foi convocado. Com essa reunião, eles tentam desmobilizar o movimento, mas até agora não há nenhum avanço real por parte da prefeitura", declarou Ana Paula Cozzolino, coordenadora geral do Sismuc.

O Sismuc disse ainda que a mesma reunião está programada para as 14 horas, desta vez, com os quase cem representantes das CMEIs que foram convocados para comparecer no encontro vespertino.

Outro lado

A Prefeitura de Curitiba, por meio de sua assessoria de imprensa, desmentiu a convocação. Segundo o órgão, nenhum encontro foi programado para esta manhã, mas haverá sim uma reunião à tarde com representantes do Sismuc - que foi realizada. A prefeitura foi contatada após a reunião e a assessoria informou que retornaria a ligação - o que não ocorreu até as 19h50.

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Exigências

O impasse que pode provocar a paralisação nos CMEIs envolve questões salariais e revisão nos benefícios dos educadores (das creches), para que sejam iguais aos concedidos aos professores e pedagogos (das escolas municipais). Um debate sobre o assunto é realizado por representantes dos educadores e prefeitura desde janeiro, mas, segundo o sindicato, a pauta avançou em um ritmo mais lento que o esperado pela categoria.

Um dos pontos da pauta - equidade entre profissionais de creches e de escolas - é o fato de de que os educadores têm jornada mínima de 40 horas – diferente dos professores, que tem jornada de 20 horas. Com isso, os professores acabam dobrando a jornada e tendo um salário maior que os dos educadores. Aliado a essa mudança, a classe que ameaça greve quer que o salário (atualmente em R$ 1.830, por 40 horas) alcance o piso do professor (R$ 3.062, por 40 horas).

Outro aspecto que está na lista de reivindicações é a questão da hora-atividade de 33% do tempo total da carga-horária do profissional de educação das creches. Os profissionais também querem a aposentadoria especial igual a dos professores (depois de 25 anos de trabalho), entre outras exigências.

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