Os educadores que trabalham nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) de Curitiba continuam em greve, por tempo indeterminado, na manhã desta quinta-feira (15). No entanto, segundo a determinação judicial da liminar expedida pela juíza Josély Dittrich Ribas, da 3ª Vara da Fazenda Pública, todos os 156 CMEIs de Curitiba deveriam amanhecer abertos nesta quinta-feira, com um mínimo de funcionários trabalhando.
Segundo o Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc), as creches estão funcionando. Porém, segundo balanço da Prefeitura de Curitiba, 2 das 156 creches amanheceram com as atividades paralisadas. Não funcionam os CMEIs Olga Prestes, no Pinheirinho, e Tia Eva, no bairro CIC. Duzentos e oitenta crianças ficaram sem atendimento, segundo a prefeitura.
A liminar concedida pela juíza também autoriza a prefeitura a descontar os dias parados dos educadores.
Nova assembléia
Um grupo de aproximadamente 100 a 150 educadores iniciou às 9h45 mais uma assembléia para discutir os rumos da greve. A reunião foi feita na praça Carlos Gomes, em frente ao Jornal Gazeta do Povo, e depois os manifestantes seguiram em passeata até a Câmara dos Vereadores. Para falar com o prefeito Beto Richa (PSDB), que participou da reabertura das sessões na Câmara. No entanto, o prefeito afirmou que não vai receber os manifestantes para negociar sobre a greve.
Os educadores querem que mudança no plano de cargos e salários implantado pela prefeitura. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, o órgão admite negociar com a categoria, mas só em março - que seria o mês da data base.
A prefeitura também afirma que nos últimos dois anos os educadores tiveram aumentos que variam de 38% a 72%. No entanto, essas gratificações são contestadas pelos educadores. De acordo com a vice-presidente do Sismuc que representa a categoria no movimento de greve Suely Araújo, a gratificação é apenas para o educador que está dentro da sala de aula.
"Hoje Curitiba tem 4 mil educadores. Destes, 700 estão afastados para tratamento médico, porque estão desgastados. Trabalham 8 horas dentro de uma sala com crianças. Só ganha gratificação quem está dentro da sala de aula. Quando um educador falta por algum motivo, chamam o que está afastado. Isso é injusto, traz insatisfação para os servidores", desabafou a vice-presidente.
De acordo com a dirigente sindical, a pressão e o assédio moral para que os funcionários não faltam, e assim ganhem gratificações, também desgasta bastante o trabalho. "As condições de trabalho são precárias, irregulares. A greve continua por tempo indeterminado. Até agora não houve avanço nas negociações. A prefeitura teve uma postura muito radical, não houve contraproposta. Hoje (15) os CMEIs estão todos trabalhando. Tem um mínimo de 10% de educadores nas salas, em outros casos tem um pouco mais", afirmou Suely.
A vice-presidente também afirmou que as creches que paralisaram 100% as atividades ficavam perto de outras CMEIs e não houve tanto desconforto para a população. "A comunidade está nos apoiando. Temos mães apoiando o movimento, porque sabem que as condições de trabalho são desgastantes. A categoria reivindica há dois anos um plano de cargos e salários, mas a prefeitura só afirma que está estudando e adia a decisão. Estamos em assembléia permanente e o movimento não tem data para acabar", definiu. A greve começou na segunda-feira (12).
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