O site do governo do estado na internet publicou ontem nota contestando a matéria "Prisões tomam dinheiro da educação", publicada domingo na Gazeta do Povo. A reportagem compara os R$ 40 milhões gastos nos últimos três anos na construção de educandários com os R$ 6 milhões investidos em medidas socioeducativas em regime aberto para adolescentes infratores. Para a presidente do Instituto de Ação Social do Paraná, Telma de Oliveira Alves, um programa não exclui o outro. "Não se trata de um jogo maniqueísta, em que os programas em meio aberto são do bem e a privação de liberdade é do mal", diz.
Na maioria dos casos, em torno de 80%, o adolescente fica no meio aberto, "mas para os 20% que necessitam uma medida mais severa é necessário sim unidades de privação de liberdade que possam ser o sinal da tomada de consciência dos seus atos e a oportunidade para refazer o caminho". Segundo Thelma, a situação atual é decorrente de uma herança histórica do descaso com essa política de governo. Diagnóstico realizado em 2004 revelou problemas tanto em relação à privação de liberdade quanto em relação ao meio aberto.