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Efeito de temporal já dura 10 dias em Campo Largo

Estragos foram tantos nas casas que o material doado pela Defesa Civil não tem sido suficiente | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Estragos foram tantos nas casas que o material doado pela Defesa Civil não tem sido suficiente (Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo)

Dez dias depois da série de temporais que atingiu 3,6 mil casas e afetou 110 mil pessoas, Campo Largo ainda luta para se recuperar dos estragos provocados pela chuva e pelo granizo. Ontem, nos bairros mais atingidos (Centro e Ouro Verde) entulho se acumulava pelas calçadas e homens trabalhavam para cobrir os telhados com lonas ou telha. O material doado pela Defesa Civil não tem sido suficiente.

"Doamos lona ou 30 telhas de cimento-amianto por família. É difícil atender a todos", disse Marvel Alberto Bertani, da Defesa Civil. Com o governo federal reconhecendo o estado de emergência, anteontem, quem mora em bairros atingidos pelas chuvas têm direito à liberação do FGTS para a reconstrução da casa.

No sábado, o Centro da Juventude – que centralizou as doações aos atingidos – passou a receber mantimentos. A distribuição passou a ser feita mediante a triagem de uma equipe da Defesa Civil, Provopar e da prefeitura, para assegurar que apenas quem foi prejudicado receba as doações. A prefeitura ainda não sabe precisar qual a dimensão dos danos individuais. A estimativa é de que os prejuízos do poder público – entre prédios, equipamentos e frota danificada –passem de R$ 12 milhões.

Perda e luta

Do teto da oficina da família Marcon, só restaram o madeiramento e uns poucos cacos de telha. Enquanto aguarda o material para reconstruir o telhado, o estabelecimento não recebeu nenhum cliente. No dia da tempestade, carros e caminhões de clientes foram danificados, atingidos por pedras de gelo. O prejuízo é estimado em mais de R$ 150 mil.

"Na hora, eu corri para debaixo de um caminhão. Caíam pedaços de telha, pedras de gelo rolavam. Eu só rezava e pedia para que não acontecesse nada comigo e com meus filhos", disse o dono da oficina, Carlos Marcon. A casa dos filhos dele também foi destruída.

Na casa do professor Sérgio Mocelin, quatro pedreiros reconstituíam o telhado. Ele também perdeu roupas e móveis (como um sofá e um guarda-roupa). A mãe dele, de 80 anos, se assustou com a bolas de gelo que atravessavam o teto. "Era um barulho que você não imagina", disse Jandira Mocelin.

Além do telhado, a dona de casa Zenin Nicolau contabiliza outros prejuízos: dois carros da família tiveram a lataria estragada, uma máquina de lavar roupas foi destruída, além de roupas e móveis.

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