O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público do Paraná (MP-PR), terá a partir de hoje um incremento de 27% no efetivo policial. Na tarde de ontem, o governador Beto Richa autorizou que o efetivo passe de 56 policiais civis e militares para 71 em todas as seis unidades do Gaeco no estado. O núcleo de Curitiba, por exemplo, passará a contar com 21 policiais. A unidade contava com 13 até então.
"Aparentemente, a autorização do governador indica que o governo está atendendo de forma integral o pedido do MP", comenta um servidor do Gaeco, que pediu para não ser identificado. Ele comemorou a notícia e lembrou que as nomeações recomporão núcleos que quase foram fechados durante a proposta de rodízio, como o caso de Guarapuava. No começo do ano, a unidade chegou a ficar com um policial civil apenas, além do promotor.
Além do aumento de efetivo, o funcionário do Gaeco lembrou que foi aberta a possibilidade para que os 28 policiais, que saíram de forma compulsória, voltem a trabalhar no grupo. "Quem quiser e puder, voltará", comentou o servidor.
O novo decreto que acabou com o rodízio previa, além de policiais, um efetivo de auditores da receita estadual para o Gaeco. Apesar disso, os nomes dos auditores ainda não foram definidos e há ainda uma discussão interna no grupo para saber quantos serão necessários, de acordo com a demanda existente.
Tempo
Há pouco mais de duas semanas foram encaminhados os nomes dos policiais ao governo do estado para que Richa autorizasse a lotação deles no Gaeco. Por motivos pessoais, dois dos policiais acabaram optando por não trabalhar no grupo. Na tarde de ontem, no entanto, uma nova lista foi encaminhada ao governador e, em poucas horas, a autorização foi assinada.
Paz
O aumento do efetivo consolida a "paz" entre o governo e o Gaeco, duelo que durou meses e acabou com a saída do ex-secretário da Segurança Pública Cid Vasques. A disputa ocorreu em torno da polêmica do rodízio de policiais nos núcleos do Gaeco, instituída em setembro de 2013. A proposta do estado era que os agentes ficassem dois anos no grupo e, depois, voltassem para as unidades de origem. Os policiais também só iriam para o Gaeco se aprovados pela Sesp. O órgão não quis cumprir as novas regras por considerar o rodízio comprometeria as investigações pela falta de confiança em agentes não indicados por eles.
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