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Urbanismo

Eixo Metropolitano sai das pranchetas

Com nova denominação, a obra mais aguardada dos últimos cinco anos na capital vai finalmente sair das pranchetas do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). Na próxima sexta-feira, o prefeito Beto Richa assina a ordem de serviço que dará início às obras do antigo Eixo Metropolitano, agora rebatizado como Linha Verde, considerado uma das transformações mais drásticas no trânsito da cidade nas últimas décadas.

O projeto compreende a revitalização da BR-476 (antiga BR-116), transformando a via em uma grande avenida urbanizada ligando as regiões norte e sul da cidade. A Linha Verde será o sexto corredor de transporte da Rede Integrada de Transporte (RIT). "Está é uma obra que os curitibanos vinham esperando há muito tempo", diz o prefeito, em alusão aos outdoors espalhados na cidade pela prefeitura que anunciavam a novidade à população de maneira enigmática há alguns dias.

A assinatura da ordem de serviço dará início imediato ao primeiro lote de obras (9,4 quilômetros), que corresponde a 55% do total da Linha Verde. Este trecho liga os bairros Pinheirinho e Jardim Botânico, 200 metros antes do viaduto da BR-277, próximo à Universidade Federal do Paraná (UFPR), logo depois da passarela de pedestres.

A obra, que deve ser finalizada em 15 meses, custará R$ 121,14 milhões. A maior parte será financiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), por meio do Programa de Transporte Urbano (PTU). Os dois consórcios responsáveis pela execução do primeiro lote da obra são Delta/ Redram e Camargo Corrêa/Empo.

A segunda parte das obras, compreendendo o trecho entre o Jardim Botânico e o Atuba, ainda não tem data para iniciar. Mas, quando completa, a Linha Verde contará com 18 quilômetros de ruas pavimentadas ligando o norte e o sul da cidade.

Conceito

Com a mudança de nome, o conceito da obra também foi modificado, com a inclusão de um nova visão de avenida urbana. A nova via será totalmente revitalizada com uma temática ambiental, contará com dez pistas de rolagem para carros e duas exclusivas para o transporte coletivo, quatro terminais de ônibus, oito estações-tubos, ciclovia, nova sinalização, iluminação, asfalto, além de um parque linear feito com espécies nativas na margem da avenida. Ainda dentro do conceito, os ônibus que irão trafegar no local utilizarão combustíveis com menos emissão de poluentes.

O eixo terá sistema trinário de vias: canaleta central, vias marginais e locais. A canaleta central terá duplo sentido e será exclusiva para ônibus. As duas vias marginais terão três faixas em cada sentido. Já as duas vias locais terão sentido único de acesso às outras ruas próximas. Além disso, haverá duas pistas para estacionamento.

Se consideradas as dez pistas para veículos e as duas faixas para estacionamento na antiga BR-116, que tem de 60 a 80 metros de largura, a cidade ganhará 56,2 quilômetros de ruas pavimentadas neste primeiro trecho de obras.

Binários irão disciplinar o trânsito em cada uma das estacões-tubo da Linha Verde, representando mais 9,3 quilômetros de ruas, totalizando 65,5 quilômetros de ruas renovadas em dez bairros: Pinheirinho, Capão Raso, Novo Mundo, Xaxim, Fanny, Hauer, Parolin, Prado Velho, Guabirotuba e Jardim Botânico, onde vivem cerca de 287 mil pessoas. "Curitiba passa por um conjunto de obras no transporte urbano que vai promover uma melhoria no trânsito da cidade e na qualidade de vida das pessoas", afirma Richa.

Uma das principais novidades da Linha Verde serão as estações intermediárias para o embarque e desembarque de passageiros. Nesta primeira fase de obras, serão implantadas oito delas, cada uma formada por outras duas estações tubos paralelas, acopladas uma à outra. A nova arquitetura prevê estações mais altas do que as atuais, melhor isolamento térmico e ventilação. As estações também terão a função de integrar os dois lados da cidade e permitirão a travessia segura entre os bairros que hoje estão divididos pela BR.

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