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No Brasil Colônia, o tributo pago a Portugal correspondia a 20% do que se produzia, era o "quinto". Tão odiado que passou a ser chamado de "o quinto dos infernos".

A reação da população deu origem a Inconfidência Mineira, que teve seu ponto culminante no enforcamento do líder José Joaquim da Silva Xavier, o Tiradentes, lembrado todos os anos no dia 21 de abril.

A carga tributária atual, que é de 35,21%, representa quase dois quintos. Mesmo assim, hoje não se fala em nenhuma revolução. O professor de Ética Política da Universidade de São Paulo (USP), Renato Janine Ribeiro, diz que "preocupa mais o uso que é feito do dinheiro do que o fato de o dinheiro ser tirado de você".

O consultor Robson Alves Ribeiro afirma que uma reação incisiva da população só será possível quando ela tiver acesso a informações corretas e sem manipulação. No Brasil Colônia a população via o que estava pagando, lembra Gilberto Luiz do Amaral, presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Hoje a tributação está embutida no preço final dos produtos e serviços, completa.

O deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR) menciona ainda que a Colônia não ficava com nada do que era recolhido como imposto e isso tornava perceptível a espoliação. Hoje é diferente. "Mesmo que o dinheiro fique com o governo central, o dinheiro fica com o Estado brasileiro", analisa o deputado. (VF)

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