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Em carta divulgada nesta sábado (28), Eliana Tranchesi, dona da butique de luxo Daslu, afirmou que "em nenhum momento" perdeu "a esperança" e deixou de acreditar na Justiça brasileira. A empresária deixou a Penitenciária Feminina de São Paulo, no Carandiru, na zona norte da capital, na noite de ontem. A ordem para soltá-la partiu do desembargador Luiz Stefanini, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região, e do ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Fernandes também revogou a prisão do irmão de Eliana, Antonio Carlos Piva de Albuquerque, e de Celso de Lima, dono da importadora Multimport, que estavam no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, na zona oeste da capital.

Eliana escreveu a carta já em sua casa, no Morumbi. "Sinto que poderei retomar minha vida e tentar, na medida do possível, voltar ao normal. É uma boa sensação, que partilho com meus filhos, minha família, meus amigos e a equipe Daslu", afirmou.

Presa na última quinta-feira (dia 26), pela Polícia Federal (PF) após a Justiça condená-la a 94 anos e seis meses de prisão por crime de sonegação fiscal e descaminho, Eliana ressaltou que a Daslu é uma referência de moda, reconhecida internacionalmente. "Não é pouca coisa e exige muito trabalho e dedicação. Gera muitos empregos diretos e indiretos. Mas quero fazer mais".

Eliana disse que conversará com a imprensa assim que se "recuperar deste trauma" e for liberada pelos médicos.

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