Dois homens acusados de participar da chacina de Rio Branco do Sul, na região metropolitana de Curitiba (RMC), ocorrida no início do mês passado, foram encontrados e presos na manhã de ontem. Eles confessaram o crime e alegam ter matado cinco pessoas, quatro como forma de queima de arquivo. Fabiano Miranda, 18 anos, foi detido na casa de um amigo, no bairro Nossa Senhora de Fátima. Ele apontou a casa abandonada do bairro Cachoeira, em Almirante Tamandaré, na RMC, onde o tio Antônio Luiz Miranda, 46 anos, estava escondido.
Com as duas prisões, a polícia local encerra o inquérito do caso, já que Osvaldo Miranda, pai de Fabiano e irmão de Antônio, estava preso desde 22 de junho. Fabiano e Antônio teriam relatado aos policiais que, no fim da tarde de 7 de junho, saíram da casa do primo Abraão Miranda, 59 anos, na zona rural de Rio Branco do Sul. Eles conseguiram uma carona com o genro de Abraão, Heber Oliveira Faria, 22 anos.
"Eles queriam praticar um assalto a um supermercado da região com o carro do Heber", conta o superintendente Manoel Mendes. Após uma discussão, Fabiano teria atirado contra o rapaz, que morreu na hora. Como não sabiam dirigir, os dois abandonaram o corpo e o Del Rey na Estrada do Limoeiro e foram andando até a casa de Osvaldo para pedir ajuda. O homem não negou o apelo do filho e voltou com os dois até o local do crime.
As únicas pessoas que sabiam com quem Heber estaria quando foi morto eram Abraão, a mulher e as duas filhas, de 28 e 15 anos. Por isso, eles resolveram voltar até a casa do primo e matar todos para que ninguém contasse nada à polícia. Osvaldo dirigiu o carro até lá. Abraão, Isa, Vera Lúcia e Rafaela foram levados pelos três até uma área de reflorestamento, próxima de onde moravam. A família foi morta com golpes dados com uma barra de ferro e encontrada na manhã do dia seguinte. O trio abandonou o carro próximo ao corpo de Heber e ateou fogo no veículo para eliminar quaisquer pistas. Fabiano, Antônio e Osvaldo permanecem presos na delegacia à disposição da Justiça. (JO)
