Obras

Trincheiras que ligam Botânico e Capão da Imbuia estão prontas

O prefeito Gustavo Fruet (PDT) participou ontem da liberação das novas trincheiras das ruas Governador Agamenon Magalhães e Roberto Cichon, sob a Linha Verde, que ligam os bairros Jardim Botânico e Capão da Imbuia. Elas fazem parte dos 14,5 quilômetros de extensão das obras da Linha Verde Norte. As obras desse trecho, de R$ 63,2 milhões, começaram em junho de 2011, com entrega prevista para até dois anos. Fruet responsabilizou o atraso à antiga gestão da prefeitura. "Não tínhamos orçamento nem recurso empenhado para esse pagamento", alegou. Até o momento, segundo a prefeitura, foram executados 85% das obras. Ainda faltam a ampliação do viaduto do Capanema, além da implantação de vias marginais e locais e canaletas de ônibus. A previsão de término é maio deste ano.

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Restrições

Conheça as regras para circulação de veículos pesados na Linha Verde:

• Em dias úteis, veículos com capacidade de carga acima de 7 toneladas ou com comprimento maior que 7 metros não podem trafegar no trecho compreendido entre o km 120,7 e o km 142 da via, das 7 às 10 horas e das 17 às 20 horas;

• No sentido Norte, o trecho de restrição vai da Rua Nicola Pelanda, no Pinheirinho, até a Estrada da Graciosa; no sentido Sul, da Estrada da Ribeira até a Rua João Chede, também no Pinheirinho. Nesses horários, esse tipo de veículo deve utilizar os contornos Norte, Sul e Leste da cidade;

• Em qualquer horário, os veículos de grande porte, incluindo caminhões e ônibus, só podem transitar pela faixa da direita. Nos trechos de três faixas, é permitida apenas a ultrapassagem pela faixa central;

• A pena para o motorista que desrespeitar essas normas é de 4 pontos na carteira e multa de R$ 85,13.

• Denúncias podem ser feitas pela Central 156.

Em 15 dias de fiscalização eletrônica, a Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) registrou mais de 12,8 mil notificações para motoristas de caminhões que não respeitaram as regras de trânsito na Linha Verde, em Curitiba. Desde o dia 23 de dezembro, os radares estão flagrando os casos de circulação fora do horário permitido e de tráfego em faixas de uso exclusivo para veículos leves. As restrições são parecidas às adotadas na Linha Amarela, via expressa do Rio de Janeiro onde uma passarela foi derrubada por um caminhão que transitava em horário proibido na terça-feira.

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Até o dia 7 de janeiro, foram identificadas 12.830 infrações na Linha Verde – 11.331 por circulação em faixas proibidas e 1.499 por trânsito fora do horário permitido para caminhões. O motorista notificado pode recorrer da multa, por isso ainda não há uma estimativa de quantas notificações foram revertidas na perda de quatro pontos na carteira e pagamento de R$ 85,13, pena aplicada em caso de infrações como essas.

Desde setembro de 2011, a circulação de veículos pesados – com capacidade de carga acima de sete toneladas ou com comprimento maior que sete metros – é proibida em duas faixas de horário na Linha Verde. Caminhões desse porte não podem andar pela via nos horários de pico da manhã, entre 7 e 10 horas, e da noite, entre 17 e 20 horas, no trecho compreendido entre o km 120,7 e o km 142,8. Além disso, os caminhões só podem transitar na faixa da direita. Nos trechos de três faixas, é permitido o tráfego pela faixa central para ultrapassagens.

A fiscalização por radares é feita a partir da captação da imagem das placas e o cruzamento de informações com a base de dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Antes da implantação do sistema, quando as notificações ficavam a cargo apenas dos agentes de trânsito, eram registradas, em média, 500 autuações por mês.

De janeiro a setembro de 2013, 4.779 infrações foram constatadas. O levantamento aponta que, no mês de janeiro do ano passado, período em que houve o número máximo de notificações, foram emitidas 819 autuações – quase 16 vezes menos que o registrado de dezembro até o início de 2014.

A assessoria da Setran informou que a secretária da pasta, Luiza Simonelli, estaria viajando e não poderia comentar os números. Durante a inauguração das obras da Linha Verde Norte, na tarde de ontem, o prefeito Gustavo Fruet (PDT) alegou que a fiscalização é rígida, mas que, mesmo assim, os motoristas de caminhão insistem em desrespeitar a sinalização.

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"Não é por falta de informação. A Linha Verde é uma linha urbana, não é mais uma rodovia. O tráfego pesado procura desviar do contorno para ganhar tempo e não pagar o pedágio. Só que isso gera um movimento desproporcional e um custo para a cidade. Não é justo danificar uma estrutura que não foi feita para ter uma estrutura de rodovia", disse Fruet.

Ponte Preta

Em Curitiba, o caso mais parecido com o acidente ocorrido na Linha Amarela, no Rio, é o da Ponte Preta, no Centro da capital. Sob ela só podem passar veículos de até 3,6 metros de altura. Sensores implantados em 2009 ajudam os motoristas a desviar, mas nem sempre evitam a colisão. Todo ano algum incidente é registrado.