Rio – A cidade de São Paulo e o estado de Minas Gerais foram as unidades da Federação que registraram maior aumento no endividamento público nos últimos quatro anos, conforme informações do Banco Central (BC). No fim de outubro, de acordo com os últimos dados disponíveis, a capital paulista tinha uma dívida total consolidada no valor de R$ 33,742 bilhões, o que representa um aumento de 5,18% nos dez primeiros meses de 2006 e de 48,19% em relação ao fim de 2002. A dívida do governo mineiro somava R$ 48,082 bilhões em outubro, com aumento de 5,58% sobre dezembro de 2005 e de 40,23% sobre o fim de 2002.

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As duas unidades da Federação têm como característica comum o fato de terem sido governadas por políticos apontados como prováveis candidatos à Presidência da República em 2010 e ambos integram os quadros do PSDB. O atual governador de São Paulo, José Serra, foi prefeito de São Paulo até abril do ano passado, quando renunciou para disputar o governo do seu estado. O reeleito governador mineiro, Aécio Neves, sempre defendeu, publicamente, medidas de austeridade fiscal. Embora boa parte da dívida tenha sido contraída antes da posse dos dois políticos, os números do BC mostram que as duas unidades da Federação andaram na contramão, em relação a outros governos, que conseguiram reduzir o endividamento.

Em termos relativos, considerando-se o tamanho das economias dos estados, o governo mais endividado entre os dez maiores é o de Goiás. A dívida do governo goiano em outubro atingiu R$ 11,305 bilhões.

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