Professores da rede estadual de São Paulo decidiram na tarde desta sexta-feira (20) manter a greve da categoria, que foi iniciada na última segunda-feira (16). Cerca de 500 pessoas, segundo estimativas da PM, estão reunidas no vão livre do Masp, na avenida Paulista (região central da capital paulista). Por volta das 15h30, o grupo bloqueava uma faixa no sentido Consolação. Os grevistas devem seguir em caminhada até a sede da Secretaria de Estado da Educação, na praça da República. Os manifestantes falam que são mil pessoas.

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A greve foi decretada pela categoria na sexta-feira da semana passada (13).

A assessoria do sindicato afirmou que tem conversado com o governo estadual, mas que este não tem dado nenhum aceno na direção do reajuste salarial. A presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, disse à reportagem, que o governo não negocia com a categoria. A gestão de Geraldo Alckmin (PSDB), no entanto, nega essa informação.

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Procurada, a Secretaria da Educação do Estado afirmou que considera legítimo o direito à manifestação, mas orienta que os estudantes compareçam normalmente às aulas.

“A pasta acredita que a decisão de um dos sindicatos de professores, a Apeoesp, não representa os mais de 230 mil professores da rede”, disse a secretaria. Segundo o sindicato, 175 mil professores são associados à Apeoesp.

A categoria, que tem a data-base em março, reivindica reajuste salarial de 75,33%, o que, segundo o sindicato, visa a equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior -o piso dos professores estaduais é de R$ 2.415,89.

Segundo a secretaria, a categoria teve, em quatro anos, um aumento acumulativo de 45% e alcançou o piso 26% maior do que o nacional. “Os profissionais da Educação ainda podem conquistar o reajuste salarial anual de 10,5% por meio da valorização pelo mérito. E recebem bônus por resultados obtidos por seus alunos”, destacou a pasta.