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 | Marciano Rodrigues/Arquivo Pessoal
| Foto: Marciano Rodrigues/Arquivo Pessoal

Cerca de 20 representantes dos povos e organizações indígenas ocupam desde a manhã desta quarta-feira (13) o prédio da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Curitiba e em outras três capitais brasileiras. Por causa disso, o expediente do dia foi suspenso nestes locais. O ato faz parte do movimento nacional chamado “Ocupa Funai”, que busca chamar a atenção para reivindicações dos povos indígenas em todo o país.

“Temos várias pautas ligadas a situações que estão ocorrendo com essa mudança de governo e algumas que já perduram há algum tempo, como questões de demarcação e o enfraquecimento da Funai”, conta o coordenador da Articulação dos Povos Indígenas no Paraná, Marciano Rodrigues.

Segundo ele, algumas das questões referentes especificamente ao estado são a reivindicação pela criação de uma coordenação regional da Funai no Paraná e o repúdio à anulação da portaria que estabelecia a demarcação da terra indígena Boa Vista, no município de Rio das Cobras.

Além da ocupação em Curitiba, há uma manifestação dos representantes dos povos e organizações indígenas estão em Guaíra, em frente ao escritório técnico da Funai no município e existe a expectativa que uma manifestação ocorra em Rio das Cobras até o fim da tarde.

Por causa manifestação nacional, representantes da Funai não foram encontrados para comentar a situação.

Pelo país

Em Brasília, cerca de 130 indígenas fecharam as entradas do prédio da Funai e não permitiram o acesso de servidores. O bloqueio está previsto para durar todo o dia. Vários servidores permaneceram em frente ao prédio durante toda a manhã em adesão ao ato. No início da tarde, os índios caminharam pela região central de Brasília até o Ministério da Justiça e entregaram o documento com as demandas para o secretário-executivo da pasta, José Levi Mello.

Os indígenas também ocuparam a sede da Funai em cidades como Maceió (AL), Campo Grande (MS) e Macapá (AP). Fazem ainda atos em cidades com Imperatriz (MA), Ponta Porã (MS), Santarém (PA) e Porto Seguro (BA), de acordo com a organização do Ocupa Funai.

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