Criado durante o 1.° Encon­tro Nacional dos Sem-Terra, aberto em Cascavel, no Paraná, no dia 20 de janeiro de 1984, o Movimento dos Sem Terra (MST) chega nesta segunda-feira aos seus 30 anos sem força para organizar novos acampamentos e pressionar o governo para a criação de assentamentos. O grupo também sofre os impactos da política da presidente Dilma Rousseff, que só não desapropriou menos terras no período pós-democratização do que Fernando Collor em sua breve gestão.

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Um dos líderes do movimento, o economista João Pedro Stédile resume os obstáculos de atuação do MST. "Do lado do latifúndio, houve uma avalanche de capital que foi para agricultura atraído pelos preços das commodities, que dão elevados lucros e aumentaram o preço das terras. E com isso bloqueia a reforma agrária. Do lado dos trabalhadores os salários aumentaram nas cidades, e isso reforçou o êxodo rural. Há um bloqueio também no Judiciário e no Congresso."

No site do MST, Stédile diz, em uma entrevista à Associação Brasileira de Imprensa (ABI), que espera que os protestos voltem com força total em 2014, como forma de também reforçar os movimentos de luta social como o dos sem-terra.

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