Tijuco Preto é uma vila de Domingos Martins, região Serrana do Espírito Santo, que tem menos de mil habitantes. Pode ser difícil imaginar, mas em cada dez pessoas, sete perderam a arcada dentária inferior ou superior. E por esta razão precisam usar dentaduras.
Segundo a cirurgiã-dentista Núbia Gomes Moreira, autora do levantamento na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), a perda pode ser uma das mais altas do país. "Existem pacientes que extraíram os dentes aos 12 anos por que não tiveram acesso ao tratamento odontológico. A vila fica muito distante da cidade, cerca de 50 quilômetros, uma dificuldade para o trabalhador rural", explicou Núbia.
Dona Almerinda Neimug é lavradora, ela extraiu os dentes quando tinha apenas 15 anos. "Era de costume na época, quando completava 15 anos era a idade certa de tirar os dentes", contou a lavradora. Uma outra moradora arrancou os dentes e colocou dentadura por que os dentes estavam estragados, bem inflamados, assim o dentista preferiu retirar.
A dentista explicou que na região as pessoas perdiam os dentes por causa da questão cultural, baixa escolaridade, baixa renda, fácil acesso ao açúcar e a facilidade de encontrar profissionais ilegais sem nenhum tipo de formação, tudo facilitava a perda precoce dos dentes.
A realidade está começando a mudar, agora a comunidade tem duas dentistas e começou a mudar os hábitos. Os moradores estão fazendo preventivo e um trabalho educacional intenso, principalmente, com as crianças. Quem sabe assim as futuras gerações terão dentes originais.
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