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"O Paraná é o estado que, proporcionalmente a sua população, mais faz transplantes de coração no país", informa o diretor da Central Estadual de Transplantes (CET) do Paraná, Carlos D’Ávila. Em 2006, foram 26 cirurgias. Até junho deste ano, o total estava em 18. A Santa Casa de Misericórdia de Curitiba é responsável por uma parte significativa. Em 2007, o hospital já superou a marca dos 14 transplantes feitos no ano passado: totaliza 16 cirurgias.

O cirurgião cardiovascular Evandro Sardeto, responsável pelo setor de transplantes de coração na Santa Casa, lembra que o hospital foi o segundo que mais fez transplantes cardíacos em 2006, segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). "E, até agora, neste ano, fomos a instituição que mais fez transplantes no país."

Sardeto conta que depois do pequeno número de doadores, um dos principais obstáculos do transplante cardíaco é a logística para se transportar o coração do doador. O órgão tem apenas quatro horas para ser implantado no novo dono. "Cerca de 50% de nossas doações vêm de Santa Catarina", conta o médico. Para buscar um órgão no estado vizinho, a única alternativa é ir de avião. Hoje, 96 pessoas aguardam por um coração em todo o Paraná.

O pedreiro aposentado Nelson Pereira Cordeiro, 50 anos, saiu desta fila recentemente. Ele ficou oito anos à espera de um coração. No dia 26 de julho, recebeu a notícia de que a agonia acabaria. "Fui chamado e vim rápido. Esperava por esse momento. Nunca perdi a esperança. Agora estou 100%", emociona-se. Cordeiro sofria de insuficiência cardíaca e pressão alta. Ele quer se recuperar rápido para voltar a correr e a nadar.

Outra pessoa que teve a vida mudada foi o aposentado Estrugildo Ranima, 57 anos. Em março deste ano, depois de alguns enfartes e de fazer três pontes de safena, ele lembra que mal conseguia andar e se alimentar. "Tudo me fazia mal." Agora, com coração novo, muita coisa mudou. "Ando um, dois quilômetros sem cansar. Minha qualidade de vida mudou da água para o vinho", conta. (JO)

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