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Saúde

Em crise, Santa Casa de São Paulo deve demitir 1,3 mil

Em crise financeira, a direção da Santa Casa de São Paulo, o maior hospital filantrópico da América Latina, deve demitir 1,3 mil funcionários, segundo informou o telejornal Bom Dia São Paulo, da TV Globo. Em recente reunião com funcionários, o hospital avisou que precisa cortar 20% da folha de pagamento. Os trabalhadores estão com o 13º salário, que deveria ter sido pago em dezembro, atrasado. O salário de dezembro foi pago recentemente.

Em nota, a Santa Casa confirma que fará uma readequação do quadro de funcionários, mas que vai comunicar primeiramente o os funcionários sobre qualquer decisão. Funcionários disseram que na reunião foi sinalizado que as demissões vão atingir, principalmente, a área administrativa. Dos cerca de 7 mil funcionários do hospital, pouco mais de 2 mil estão em funções administrativas. Um raio X de uma auditoria contratada pelo governo do estado mostra que 91% dos funcionários estão na faixa salarial de até R$ 5 mil. Segundo a auditoria, aumentam os custos da folha de pagamento os benefícios por tempo de serviço.

Com uma dívida estimada em R$ 773 milhões, a Santa Casa de São Paulo já enfrentou nos últimos meses o fechamento temporário do pronto-socorro, a suspensão por tempo indeterminado de consultas e cirurgias marcadas (também chamadas de eletivas), e a ameaça de greve de médicos.

Além disso, a administração do hospital está envolvida em denúncias de superfaturamento na compra de medicamentos e materiais de construção para obras internas, segundo uma auditoria independente e uma investigação do Ministério Público. Também foram encontrados indícios de irregularidades em contratos com empresas terceirizadas responsáveis pelo estacionamento, pela limpeza e lavanderia, além de problemas na venda e aluguel de imóveis.

A crise veio à tona em julho do ano passado, quando o pronto-socorro fechou as portas por 24 horas. A entidade retomou o atendimento de urgência e emergência depois que a Secretaria Estadual da Saúde liberou um repasse emergencial de R$ 3 milhões. A verba extra veio acompanhada de uma exigência do governo do Estado: a realização de uma auditoria nas contas.

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